Matheus Grégory

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Fim de ano

Todo final de ano é marcado pelas mesmas coisas: comprar presentes, comprar roupas novas, armazenar comida, torrar o décimo terceiro ou guardá-lo para pagar as contas acumuladas durante está estada agora chamada de “ano velho”. Mas isso é típico de todo brasileiro, quiçá do mundo. Planejar, planejar e planejar e no fim das contas, não fazer nada do planejado. É como gastar tempo perdido do tempo que você não tem para gastar. Mas tudo bem. É assim mesmo. O mundo gira nestas condições. São essas pessoas que fazem a economia do país aumentar, são elas que ajudam a distribuírem energia para sua casa, e são elas que trabalham como formigas para terem um curto período de férias onde descansam, assim como você.
Só que também temos aqueles sonhos absurdos que enchem os nossos corações de esperanças e assanham as nossas lombrigas de vontades: trocar o carro, viajar para fora do país, ganhar na mega sena e sair cantarolando pelas ruas da cidade feliz da vida. Sonhos absurdos. Absurdos. Literalmente absurdos! Desculpem-me o pessimismo, mas você sabe qual a probabilidade de ganhar na mega sena? 1 em 50.063.860, o que equivale em 0,000002%. Desculpem-me mais uma vez. Eu não quis desanimá-los. Não quis. Juro. Sair pela cidade feliz nos dias de hoje é pedir para levar um tiro na cabeça e ser tachado de louco. Enfim, somos tão tontos quanto um gato manhoso brincando com um novelo de lã. Sonhamos alto, muito alto e sempre caímos feio, muito feio.
Tudo isso chega a ser patético ou até mesmo engraçado. Na verdade é ridículo. O seu carro não vai sair da garagem sozinho e entrar numa concessionária e um novo carro vai sair de lá e ir para sua garagem numa bela manhã de quarta-feira. Ninguém vai comprar uma passagem para você com destino Havaí e te dar de graça. Grátis hoje em dia nem água. Custa em média dois reais. É caro. De graça nem mesmo uma bala, famosa agora por ser confundida como moedinha de troco. Sonhar não faz mal. Mal faz é sonhar sem nada fazer para tornar algo realidade.
Pior que final de ano só mesmo meia molhada. É o caos!