Matanza
E só o que sobrou da minha bota
Foi um buraco de bala
É a maneira carinhosa que ela tem de me dizer
Que não quer ver o meu focinho nunca mais.
'Se eu não quero, acaba aqui.
Se eu não choro, só posso rir.
Pra não ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor!'
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são, sei que essa noite eles virão e não vai sobrar nada de ninguém.
Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor
Naquele dia comecei a ouvir as vozes,
que me falavam coisas sobre meu destino,
do dia em que eu me tornaria de um sujeito ordinário
A um sistemático assassino.
Adeus, meu bom amigo,
Adeus e muito obrigado
Espero beber contigo
No bar que há lá do outro lado...
Não deveria fazer o que eu faço
Passar o que eu passo, beber o que eu bebo
Não deveria dizer o que eu digo...
Não saberia dizer o que eu quero
Quem eu espero, em quem acredito
Não saberia dizer o que eu vejo...
Eles queriam meu futuro diferente
Longe da miséria do meu pai, do meu avô
Mas eu cresci fazendo tudo exatamente
Do jeito mais errado...
Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
E tudo segue do jeito que sempre quis...