Mary Lucy Beselga.
Estou sentindo falta de alguém agora. Mas não posso fazer nada, porque, na minha ausência, ele encontrou sua felicidade.
Eu nunca gostei de mim e descobrir que alguém poderia ter esta capacidade foi, de certa forma, a coisa mais estranha que já soube noticias até hoje. Eu sempre fui do avesso, enquanto todos gostavam de uma coisa lá estava eu gostando de outra, até certo ponto eu me sentia tremendamente lisonjeada por isto, afinal sendo igual a todo mundo eu seria no máximo só mais uma no mundo. Com o tempo eu descobri que eu não só era mais uma no mundo como também só mais uma das milhões de criaturas avessas e erradas que andam por ai. E não foi por intenção que fiz todas estas, se me permitem, cagadas. Se tem uma coisa que me deixa orgulhosa é que eu sempre tentei concertar os meus erros, em contrapartida, o que me deixa frustada é que eu sempre cometi novos erros enquanto tentava, inutilmente, concertar os antigos. Ao contrario do que parece, pessoas erradas também amam, porem, de forma errada. Eu amava, ai errava, ai concertava, ai amava mais um pouquinho, ai errava de novo e assim sucessivamente. Com este meu ciclo vicioso eu magoei, a mim e a quem mais estivesse envolvido. As vezes eu chego a acreditar que cometo erros de acordo com a quantidade de amor, sendo assim, retiro o que eu falei sobre ser igual as outras pessoas erradas do mundo.. eu sou ainda mais errada. Só que de repente eu precisei acertar, descobri que as vezes os acertos machucam muito mais do os erros, isto quando acertar implica em deixar alguém partir. Eu acho que eu to devendo um acerto, devendo pra mim, pra ti, pra nós.