Marx Karter
A beleza
"A beleza pertence ao tempo. Num certo momento, ele pega de volta o que lhe deu emprestado e deixa somente o que você é e sempre foi, mas agora sem o espelho iludibriante da ilusão. Quem você é? Descubra antes que o tempo se veja obrigado e lhe mostrar."
Ponto de vista
“Se tenho muito a oferecer, contente-se com muito. Se tenho pouco ou nada a oferecer, talvez precise mudar de alternativa. Porque o muito, o pouco e o nada, nascem na subjetividade de seu ponto de vista.”
Caminho
"Em nossa trajetória, conhecemos muitas pessoas. Pessoas que nos fizeram felizes, outras que nos deixaram muito tristes, ou simplesmente passaram. Mas todas contribuíram de alguma forma pelo resultado do que somos hoje. O importante é saber que todas participaram de nossa história, porém poucas merecem fazer parte de nossas vidas. Não é o que de bom ou mau que conta, mas o que de útil contribuiu."
Cegueira
“O pior cego não é aquele que vê e não consegue enxergar, mas aquele que não consegue olhar para dentro de si e ver-se.”
"Saber um pouco da vida,
E contentar-se com muito do nada.
Ao sabor das feridas,
Reconhecer um pouco do aprendizado.
Quem sabe no caminho,
Me veja naquela mesma estrada,
Sabendo, ao seu tempo, um pouco de tudo
E compreender que aprendi um pouco com nada."
Movimento
“Já não importa quem errou, quem acertou ou quem simplesmente não fez nada. O hoje necessita de ação, movimento, mudança ou permanência consciente. Recuse-se à acomodação e à lamentação, pois são o freio e a grande desculpa das novas oportunidades que não nos damos.”
Gravidade
“A lei da gravidade é absoluta.
Não adianta querer puxar quem quer descer,
Demanda grande esforço para evitar,
Ou levantar quem quer ficar deitado, sentado, estático,
Gigantesco esforço exigirá.
Só existe uma forma de contrapor essa lei,
É o esforço próprio de não contentar-se em permanecer no lugar.”
“Passamos tanto tempo da vida em busca da felicidade que esquecemos de viver. A vida também mora nos momentos não felizes.”
"Seria desanimador se soubesse que a minha felicidade é tão pequena ao ponto de caber dentro de um bolso."
“O que não vale a pena não precisa ser substituído, esvai-se por si só, diluído e consumido pelo tempo.”
"Na verdade a gente passa a vida não é procurando uma alma gêmea, mas procurando nós mesmos. A felicidade mora no instante em que nos encontramos."
Estava a deriva quando ouvi a sereia cantar
Dela o canto
Mas não sabia se era canto
Ou pranto
Ou mero encanto
Ignorei os avisos e não fechei os ouvidos com cera
Pelo canto fui envolvido
Por aquele lamento
Que de ideia de choro me vi mergulhado
Meu barco furado e o coração inundado
Não sei se era canto
Ou pranto
Ou mero encanto
Talvez só meu tormento.
No mar me jogar?
Deixo que me leve sereia
Só tenho medo de não querer voltar
Dizem que elas seduzem os marinheiros de primeira viagem
E para o fundo do oceano os levam
Mas qual será seu encanto?
Para o fundo do mar me deixarei levar
Pois quem sabe seja lá que nos braços da sereia
Pelo seu canto que encanta
Que irei me encontrar
Leve-me, sereia, para o fundo do mar
Meu choro e lamento possam ficar
E que outros marinheiros em seu encanto se encante
Em seu choro lamente
E do fundo do mar nunca mais tentem voltar
Que eles do barco carregados
Possa nele toda tristeza deixar
É lá, no seu reino dourado
Seu mundo encantado
Que em seus braços irei me afogar
Leve-me sereia
Pois o barco já não é mais o meu lugar
Pobre é aquele que não respeita os que estão no nosso encalço, aqueles que nos precedem, que estão na fieira evolutiva a qual traçamos, que nos une e por pouco nos separa. Entitular-se dono da menor obra que seja da criação é muito egoísmo por tomar pra si o que não criou, mas quem tem prazer de conviver com ela, ou mesmo na figura de um pequenino animal, necessita agradecer a oportunidade que ele lhe dá de nos colocar em nosso pequeno lugar no universo, pois conseguir ver a grandiosidade das pequenas coisas, ou amor que cabe nesse pequeno ser, e que ele pode dispensar a você, é a janela que se abre para a obra divina e pela qual podemos ver o céu.
Existem momentos que a vida nos transforma, assim como o outono faz com a árvore, derruba suas folhas, deixa-a aparentemente sem vida, cinza, despida. Não que a vida assim como a natureza seja cruel, simplesmente prepara aquela árvore para um novo ciclo. Os ventos, a chuva, o frio, passam e no início da nova estação a árvore resurge refeita, viva. A natureza permite sua readaptação para as novas intempéries. O que parecia decadente, na verdade, com o tempo, a vida, e a natureza, revela-nos toda sua sabedoria e grandeza, nos prepara para uma nova estação. Hoje eu olho para trás e posso ver a importância daquele outono."
Existem duas formas de se andar no caminho que traçamos. Uma é olhar para baixo, onde se pisa, ver os desníveis e pedras que pisamos e, assim, tentar evitá-los. Outra é olhar para frente, caminhar olhando o horizonte, ver que ele continua. Nesse cairemos mais.
No primeiro enxergamos e andamos preocupados com as dificuldades e obstáculos, o próximo sempre será nossa preocupação. No outro, sabemos que as predras existem e que farão parte do percurso, contudo o que nos guia é olhar para frente e entender que as pedras são parte dos passos, estarão presente enquanto andarmos, mas o que vai nos mover é ver que lá na linha do horizonte, mesmo que pareça distante, esse mesmo caminho toca no céu.
Sorrir é o melhor remédio para a alma e sorrir de si mesmo é a melhor resposta para as circunstâncias.
"Do amor só quero que me faça bem. Sei que não pode me dar essa garantia, até porque isso não é o que espero, é uma exigência minha.
O problema de se aproximar a visão não é a capacidade de ampliá-la, mas a de se enxergar os detalhes.
Conhece-se o criador pela obra, pois as coisas possuem a personalidade dos que as criam. Se estamos num mundo injusto, com um sistema injusto, não podemos culpar o mundo de nos carregar como fardo.
O que seria de nós se não fosse alguns abalos sísmicos que nos pegam de surpresa e desestruturam nossa vida e nossa psiquê. Enlouquece o relógio da razão e nos dá a ideia de que todo o tempo do mundo cabe num segundo e um instante é capaz de durar a eternidade do tempo. Mudam seu pólo magnético do caminho, te faz perder o norte do certo onde todas as incertezas agora são transformadas em norte e a bússola do destino não é mais capaz de guiar seu errante. Perdemos a firmeza do solo do caminho e certeza da direção, mas se ganha todas as doces ilusões do imprevisto. De tudo o que fora abalado só o que não possui firmeza na verdade cede. De todas as certezas que antes tinha, poucas restaram de pé e nutro nesse instante todas as ilusões das possibilidades incertas, já que a agulha do destino agora aponta para todos os nortes, num dos caminhos há de estar o norte incerto da felicidade.
Arisque. Arisque tudo. Imagine-se a beira do penhasco mais alto, olhando para o abismo de suas vontades e, sem medo, pule. Caia, ao menos fantasie isso. Seja livre por esse instante e dê asas a essa vontade para que sinta a liberdade dos pássaros. Porque se ver livre de velhas amarras e ter a coragem, por um instante, de encarar e pular de cabeça naquele abismo imaginário, ajuda, muitas vezes, a organizar a própria realidade.