Marta Freitas
Era uma vez barro, hoje um MITO.
Voltando do barro de onde fora
Gerado
E por fim nascer “o mito...”
De um grito
Apenas uma voz
Irrompendo o teor em meio à injustiça
Imbuído em uma única essência
Gerado para este fim
Dentre à ignorância
Que margeia e espreita.
Surgindo lá de longe
Não para ser aprisionado.
Nem aqui nem acolá
Despontando do nascente
Livre pelo principio
Que o gerou e o fez dentre barro:
“O homem para torna-se mito”...
(Marta Freitas) 17/12/2013.
ONTEM
Ontem ouvi a tua voz
Aquela mesma que me fez sonhar um dia
Ontem eu vi o teu sorriso
aquele que fez pensar.. E pensar
Ontem senti o teu cheiro
Aquele mesmo exalar
Emanando teu desejo
Feroz e acanhado
Ontem eu fechei os olhos
E senti o teu sussurro
Tremulo a me chamar
Ontem Olhei pro céu a tua procura
Deitei e dormi, então sonhei...
E tive a certeza que estavas ao meu lado
A me olhar,A me beija a face
A meu abraçar como tua menina
E a me desposar como tua mulher...
Ontem...
(MARTA FREITAS ) 28/11/2013
Matematicando você...
Quero trigonometrar você...
Limitar seu infinito...
Derivar suas mãos, integrar meus desejos...
Potenciar seus lábios...
E por fim... Explotar em seu corpo...
Quero desradiciar minhas intenções...
Multiplicar os momentos contigo...
E igualar-me ao intento de querer-te...
Quero somar minhas mãos nas tuas...
Subtrair minhas vestes e dividir as tuas...
Ainda quero, descobrir teus deltas...
Matriciar jeitos e posições...
Encontrar teu lambda...
Quero ainda resolver nossas equações...
Expotenciar minhas vontades e talvez...
Me logaritmar em teus braços...
Ainda quero... Matematicar você...
Tabuar meus conceitos nos teus...
Fracionar minha área em teu quadrado...
E me elevar ao cubo...
Quero ainda parabolizar meu corpo no teu...
...Encontrando tuas raízes...
Por fim... Quero as resoluções lógicas do
... zeugma de teus lábios...
Em minha reta tangente...
Indo para ao infinito... Claro...
( MARTA FREITAS)
NÃO AGUENTO MAIS QUERER-TE
Não aguento mais querer-te
Olhar-te é uma agonia
Ouvir-te é um martírio... E ao tocar-me
Transcendo com a forca de um pensamento
Quando vais olhar-me?
Com o olhar que te busco... Acarinhar-me com a vorácia que
Te quero
Quando Teu corpo buscara o meu?
Quando tuas mãos me envolverão.
Quando teus lábios encontrarão os meus?
E teus sussurros quando me inebriarão?
Quando? Me diga o dia... A hora
A latitude a longitude... E Lá estarei a esperar-te...
E farei de ti meu cativo
E minhas delícias te consumirão
E com minha lascívia serás apenas meu.
Serei a senhora de teus desejos e em mim
Te perderas
Não aguento mais querer-te... Ser fogo que pulsa
Dia e noite... Em sonhos e em desejo
Quando teus olhos verão os meus?... Quando?
Diga-me não me aprisiones na ignorância
Pois não aguento mais querer-te
(MARTA FREITAS)
O QUE MAIS GOSTO
Gosto quando lê meus olhos
Mesmo quando meus lábios tendem a calar
Gosto quando me olhas
E me traduzes em palavras
Gosto quando transformas o complexo em simples
E a sua inversa.
Gosto quando falas e me delicias com tuas histórias
Gosto do jeito maroto, intrépido e discreto
Gosto quando me provocas com tua sabedoria
E quando me encabulas com tua compreensão
Gosto quando me alegras ao sorrir e a me presentear...
A face com teus lábios
Gosto do teu olhar terno a me dizer
Estou aqui.
Gosto quando seguras minhas mãos
Quando estou perdida
E com um sorriso expressas
O que o rubor de minha face sussurra
Gosto da maneira simples de estar contigo
Mas o que mais gosto é da profundidade de te-lo
Comigo.
Logo... Apenas gosto...
(MARTA FREITAS).
A BUSCA
Imbuída em meu pensar
Sonhei
Da busca incessante adentrei
Dos conceitos irreais vi
Dos aflitos ouvi
Busquei nela o caminho
E abrindo-me as portas
Disseram-me ENTRE
(Marta Freitas)
CANSEI
Fostes tudo
Meu caminho
Minha busca
Minha direção
Meu sorriso
Meu afago
Minha doçura
Minha dúvida
Meu desconsolo
O dessabor
A incompreensão
Mas hoje
Sois a lágrima
Sois a dor
Sois a decepção
Sois a repulsa
Por fim sois meus
Olhos fechados
Ao te dizer
Cansei..
(Marta Freitas)
INFERNO
Em um inferno uma alma...
Sucumbida, ferida
Chicoteada e dilacerada
Dentre o fogo
Gritos, gemidos
Dentre lamentações
Labaredas e ardor
Em um vazio espesso
Um Silencio...
Em uma visão distorcida
Tropeços e cambaleios
Entre quedas duvidas e decepções.
E a ti túmulo?
Ora...
Sucumbis o que o inferno Levou
E tu alma?
Ora...
Esvazias tua cólera
Praguejas teus desejos
Seca-te voz
Silencia teus gritos e gemidos
E por fim oh alma
Encerra-te
Neste abismo onde nem tu e o
Inferno apenas cinzas.
(Marta Freitas)
EU MORRO DE CIÚMES
Eu morro de ciúmes...
Ciúmes dos elogios
Ciúmes dos olhares
Ciúmes dos afagos
Ciúmes das sensações
Ciúmes do teu olhar
Ciúmes a tua ausência
Ciúmes das palavras
Ciúmes do lençol que te cobre
Ciúmes do travesseiro que afaga teu cheiro
Ciúmes da sombra que te acompanha
Contudo morro de ciúmes da brisa
Por roubar todos os beijos
Que desejo pra mim...
(Marta Freitas)
A LÍNGUA
Oh língua ferramenta imbuída
Em emitir o pensar
Com a nobre tarefa
De deleitar almas
Entoas como a mais feroz
Das armas
A mais terrível das dores
E como em um escorrer
Espessos e cortante língua...
Tornas-te vil, sombria
E ma
Porventura não seria tu
Objeto de prazer?
De satisfação?
Porque almejas a impiedade
Não sabes, pois tu
Que a noite encobre
O dia?
Por ventura esqueces-tês?
Que o alimento sacia o corpo
E a doçura a alma?
Entretanto sois a pior de todas as pragas
O pior de todos os venenos
Aquele que corre e escorre
Sois uma aversão maldita
Pútrida dentre teus finos lábios
Te tornastes
A mais vil dentre as criaturas
Dentre todos os órgãos
Dentre a torpe restou
Apenas tu Língua ...
(Marta Freitas)
A IRA
Oh ira o que sois?
Se não um prato indigesto!
Porque assolas a alma
E maltratas o corpo?
Porventura não sois tu
Prima da dúvida?
Com o ventre ferido
Dentre vermes e agonias?
Porventura não sois a
Incompreensão e o choro?
Cheio de ignóbeis e
Frutos amaldiçoados?
Entretanto ira...
Fora apenas num
Instante que nascestes
E infelizmente terás uma vida
Inteira para morrer.
(Marta Freitas)
CERCEADOR DE LÁGRIMAS
Você ceceador de lágrimas
Causador de sorrisos....
Causador de rubores em minha face...
Causador de gargalhadas
Causador de alegrias ternas
Causador de uma proeza
Linda e única...
Você causador de um pensamento
De dúvidas...
Causador de noites inteiras em claro
De um prazer imensurável
Você uma alma linda
De palavras doces e ternas
De um carinho apaziguador
De olhos brilhantes
Sotaque de interior
Alma de nobre
Uma conduta digna
Um galante
Contudo....
Você causador do mais belo sorriso
Em minha face...
Da mais leve esperança
Do mais doce momento
Este... Agora.
Por fim Obrigada...
(Marta Freitas)
POR QUÊ?
No decorrer de um dia
Gritos, delírios, e agonia...
Apenas um líquido escorria...
A da alma esvaindo.
Ao atravessar o tempo,
Entre o dia e a noite
Apenas uma palavra,
No papel escrito,
A sentença dada...
Sem direitos, nem deveres,
Apenas...
O fim... E o silêncio restou...
Encoberto de um manto
Silencioso partiu, sem nada deixar,
Restando apenas a incompreensão...
Neste momento surgindo apenas
Uma palavra... Por quê?
Porque te fostes sem nada deixar?
Porque te fostes sem a menos ouvir?
Apenas por quê?
(Marta Freitas)
SOFRESTES
Sofrestes na agonia de um delírio
Em águas turvas e distantes
Sofres-tês de um passado longínquo
De um flutuar e um esquecer
Sofrestes pela lágrima caída
E aquela a correr e escorrer
Sofrestes pelo dessabor e amargor
Pela cólera e o abandono
Contudo sofrestes por esta não suportar
Oh costela e a ti abandonar.
Sem nada restar, em um breve
Ressoar, um murmúrio
Uma lágrima e um silêncio deixar.
(Marta Freitas).
MENINO HOMEM
Tu menino Homem
Maroto sonhador
Bravo sois?
Honrado também
Simples te achas?
Verdades sim
Assim, assim...
Imperas o encanto
Desbravas o desconhecido
Metes medo na insônia
Revoltas o pensar
Calas a dúvida
Amansas, pois
Meu coração que por ti
Só faz pulsar.
(Marta Freitas).
AMAR
Amar é queimar sem sentir dor
É acordar na ânsia de dizer bom dia
É brigar com a noite,
Para trazer você em forma de sonhos
Amar é sonhar contigo como a mais doce companhia
É ter seus lábios divididos entre carinhos e carícias
É ter seu corpo somado na ânsia de um único desejo
Amar é abrir os olhos apenas para te ver
É sentir a brisa faceira passando
É imaginar o leve toque de tuas mãos
Amara é rir sem motivo aparente
É ter os olhos a brilhar sem saber explicar
É ter a alma leve como a flutuar
Amar e a soma de dois
Em um exponencial infinito
Amar e elevar-se ao quadrado
E ter a integral de suas vidas sempre se multiplicando
Por fim ao final desta matemática
É ter seus corpos somados
Resultando em um só.
(Marta Freitas).
A DESCOBERTA
Descobri que o melhor de mim
Está ao me ver
No reflexo de teus olhos...
Ao sentir meu coração disparar...
Despertando-me um lindo sorriso
Descobri que o melhor de mim está
Em sentir o frescor de tua chegada
E com ele um leve exalar...
Descobri que o melhor de mim
Está na doce companhia
De tuas mãos ao tocar as minhas,
Do entoar de tua voz
E em dizer...
Bom dia ao
Apreciarmos o saciar
De um bom café
Vislumbrando o sol da manhã.
(Marta Freitas).
MEL
Sou como o Mel
A escorrer dentre teus lábios...
Sou como as flores
Que vislumbra beleza...
E exala ternura
Também sou como a rosa,
Cheia de camadas e mistérios,
Que se tocares a alma
Machucarei com espinhos
Deitar-me-ia em verdes pastos,
Apenas para amar...
Mesmo entre contentos
E descontento sou
Sou como a mulher dos teus sonhos
Que a guardas no coração,
Mas também sou como a menina
Que te afaga a face,
E corre como delícias sobre teus lábios
(Marta Freitas).
FASCINA-ME
Fascinam-me as imperfeições de teu corpo,
A nevoa de teus cabelos
A profundidade de teus olhos
A perfeição de tuas mãos
A suavidade de teus dedos
Fascina-me-me o ardor de teus beijos
A tocar-me os seios com a delicia
De teu hálito
Fascina-me sentir teu corpo junto ao meu,
Tornando-nos um só,
Fascina-me-me ter teus dedos em meus lábios,
Ao provar-me o desejo
Fascina-me apertar-me com teus braços
E o entrelaçar de teus quadris
Fascina-me ver o reflexo de minha vorácia
Através de teus gemidos...
Contudo, Fascina-me ouvir teus sussurros ao meu
Ouvido, enquanto me fazes apenas tua.
Num momento sublime, onde não há
Duvidas apenas o espetáculo
De te- lo meu.
(Marta Freitas)
UMA CARTA PARA DEUS
Deus cansada estou
Neste vale sem fim
Não quero erros
Desejo acertos
Farei-te um pedido
Impossível eu sei,mas
Apenas lhe direi
Eu quero um homem que tenha honra
Que tenha lisura em seus atos
Um politico nato
Um poeta de palavras e alma
Contudo um bravo
Não quero vícios
Quero que me ame
Quero que me deseje
Quero que sejas paciente
Quero carinhos
Quero que seja um gentil
Quero que me domine
Como a um corcel selvagem
Quero que seja um culto
Mas tenha a nobreza dos humildes
Quero um príncipe, um louco
Ou que seja este fruto de meu desejo
Por fim Deus
Por tudo agradeço
Por me ouvir e quem sabe me atender
Neste emaranhado impossível
Para mim o mais belo dos seres
Obrigada por ouvir o meu mais profundo desejo
O de ter neste acerto simplesmente
O mais belo homem moldado pra mim!
(Marta Freitas).
SER HOMEM
Ser home é ser... Lisura...
Ser homem é ser... Dócil...
Ser homem é ser... Honra...
Ser homem não é ser juiz!
Tampouco um promotor omisso!
Ser homem é ser simples...
É ser doce... Ser amigo...
Não é guardar... É compartilhar...
É ter dignidades...
Não sóis como Golias...
Tampouco como uma odisseia...
Sois tu um pássaro...
Que voa pelos céus...
O que desbrava... O mais profundo dos oceanos...
Um menino insolente... Admirado...
E por mim... Querido...
Apenas um instante...
Por um instante eu te amei...
Te amei tanto que sentia meu corpo arder...
Em fogo e calor...
Consegui brilhar como luz do sol...
Meus olhos viraram duas estrelas cadentes...
Reluziam meu sentir...
No descontento de uma palavra...
Um ressoar maldito...
Esquecestes tudo que vistes...
Todos os afagos...
Todas as carícias...
Em apenas um segundo sucumbistes uma vida eterna aos teus braços...
Em lágrimas de dor e ódio...
Me repulsastes como ...
Se repulsas um inimigo...
Em um único segundo...
Me deitastes numa gélida incompreensão...
E num profundo esquecimento...
E tudo o que dissestes...
Em teor e busca...
Como uma língua faceira...
Esquecestes...
Maltratastes...
E por fim...
Matastes...
(Marta Freitas)