Marques Rebelo
Marques Rebelo (1907-1973) foi um escritor brasileiro, um destacado romancista moderno que trilhou a linha do romance urbano carioca. Foi também poeta.
Marques Rabelo, nome literário de Edi Dias da Cruz, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de janeiro de 1907. Com quatro anos mudou-se com a família para Barbacena, Minas Gerais. Com 11 anos voltou para o Rio de Janeiro. Estudou no Colégio Pedro II. Ingressou no curso de medicina, mas logo abandonou. Dedicou-se ao comércio durante 12 anos. Em 1926 ligou-se ao grupo da Revista “Verde”, de Cataguases, Minas Gerais, onde escreveu poesias. Escreveu também para as revistas Antropofagia e Leite Derramado.
Em 1927, durante um período de recuperação de uma queda em uma competição esportiva, iniciou sua atividade literária com o romance “Oscarina” (1931), já usando o nome Marques Rebelo, onde reuniu uma coletânea de contos inspirados no subúrbio carioca do início do século. Seu segundo livro “Três Caminhos” (1933), também de contos, já o prenuncia como um legítimo ficcionista. Com a publicação de “Mafra” (1935), recebe o Prêmio Machado de Assis e assume então a postura de retratista e psicólogo do mundo burguês dos centros urbanos, principalmente carioca. Com a publicação de “A Estrela Sobe”, o autor recebeu a consagração da crítica e do público.
Entre outros livros, Marques Rebelo publicou: “Cenas da Vida Privada” (1944), “Cortina de Ferro” (1956), “Trapaceiro” (1959), “A Mudança” (1962) e “A Guerra Está Entre Nós” (1968). Em 1964 foi eleito para a cadeira n.9 da Academia brasileira de Letras. Em 1969 foi laureado com o Prêmio Brasília de Literatura Pelo Conjunto da Obra. Marques Rebelo faleceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de agosto de 1973.