Marlon Ribeiro Teixeira
Eu não quero mesmo que vocês sintam a minha falta, falta é invenção, porque é aquilo que não se pode contar. Não estive ausente nem um dia, isso tudo é construção que se faz na mente. Porque pra existir palavra escrita precisa existir palavra pensada. Nas tábuas do meu coração ficam as mais perfeitas linhas tatuadas. Livro nenhum reproduz o que eu tenho escrito n'alma. Cicatrizado.
As pessoas reclamam da chuva e pedem sol.
As pessoas reclamam do sol e pedem chuva.
As pessoas reclamam do frio e pedem sol.
As pessoas reclamam do sol e pedem frio.
Só penso que não sei o que penso e logo lembro do que me esqueço, porque esqueço de lembrar que esqueço do que devia lembrar, apesar do pesar dos pesos não me esqueço de pesar os pensamentos, antes que esqueço.
O que você vê? É o que eu vejo? Você vê o que eu vejo? O que eu desejo? O que você deseja? Tem sido a Igreja ou ido, que seja, tem? Com quem? Pra quem? Heim? Diz não vem que não tem, quando te perguntam por bem destas coisas também? Está cansado meu amado e minha amada? E minha amada tens me amado? Sei que tem e sei Quem tem também, porém, Este ama além, porque não há quem ame mais do que meu Bem, tem? Amém.
Eterna mente eternamente terna que não mente.
Livre a mente, eterna mente,
eternamente livremente.
Se sente não mente, minha mente te sente.
Chama que chama dor, imaginação que apetece, paixão que aquece, vão que aborrece, vão embora, agora é a hora, coração anestesiado, sonho pontiagudo e afiado, sangue e champagne.
Vida casta de castas, vejo vãs cãs e vagas bundas.
Digo: “adeus, digo... A Deus, pertence’’.
Vontade De Que você se sente e, se sente, que me compreenda com prendas de amor, depreenda meu amor, desprenda minha presa dor, com a beleza do amor.
Você está reclamando de um dente que caiu? Pense nas pessoas que já não os têm, nem condição de concertá-los.
Elas não queriam o último tênis da moda, queriam descanço para os pés.
Não queriam comer no restaurante novo que abriu, elas queriam ter o que comer.
Elas não queriam aquele video-game de ultima geração, elas queriam um pediatra em suas casas, se tivessem casas.
Não queriam passar as férias na praia, elas queriam férias.
Elas não queriam as roupas daquela marca que todos estão usando, queriam ter o que vestir.
Não queriam todo o dinheiro do mundo, elas queriam emprego.
Elas não queriam um carro do ano, queriam ao menos um calçado.
Não queriam que os filhos estudassem nas Universidades mais caras, nem que passassem numa Federal, elas queriam que eles estudassem.
Elas não queriam nem celular, nem smartphone, nem desktop, palmtop, laptop, tablet, queriam saber escrever.
Queriam viver e não sobreviver.
Descanço e não recanço, transcanço, trêscanço, policanço, multicanço, semprecanço.
E você reclamando que um dente caiu?
Lá os dentes já não caem, não se há dentes, o que cai são as lágrimas, porque essas não se acabam, mas doem tanto quanto e a dor é na alma.
Que Deus nos dê dentes que nunca caiam, mas também nos enxugue todas as lágrimas.
O pai e a mãe no seu quarto a portas trancadas, televisão ligada, isolados em seu mundo.
O filho em seu quarto, música tocando, jogos online, portas trancadas, escondendo-se em seu mundo.
A filha em seu quarto, redes sociais, enganando-se em seu mundo.
Lá fora, seus vizinhos fazendo o mesmo.
Na rua não se encontram mais amigos, na internet estão todos online.
Na rua se encontram muitos colegas, pra sair e beber, pra curtir e se divertir, pra mentir aos pais, pra dar o primeiro trago e o primeiro gole.
Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no caminho dos maus.
Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.
Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono se não fizerem alguém tropeçar.
Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.
Provérbios 4:14-17
Dizem que a tecnologia aproxima.
Dizem que ela vicia, cria dependentes.