Marivaldo Pereira mperza
Meu mundo é viver
Subi ao mais alto dos penhascos
Para ver melhor o meu mundo.
Me atirei ao vento e ao tempo,
Pelas correntes de ar.
Sem medo de levar tombos,
Sem medo de me machucar,
Me desequilibrei por vários momentos,
Mas o tempo e a persistência me ensinaram como voar,
Como voar pra direção exata ao caminho que leva à vida.
Meu mundo é voar bem alto, de olhos abertos,
Meu mundo é viver.
Garota poesia
Bem cedo é muito bom,
Ver o amanhecer.
Nos olhos a irradiação,
Da beleza de sua aclamação,
Em cores.
Pés descalços pelos grãos de areias,
Seus cabelos ao vento,
Pele bronzeando à luz, suavemente,
Dentro d’agua, o corpo, como um peixe em movimento.
Abraça-me fortemente,
Arrepiando em pensamentos.
Desejos fortes só por você, em ter, em viver,
Meu sonho, meu grande ser,
Minha bela alma da alegria,
Meu sagrado ar,
Não quero perder tudo isto, garota.
Porque você já virou a minha poesia.
Marivaldo Pereira Souza, 27/03/2015(mperza)
Pedalando com a poesia
Ao alvorecer com o orvalho,
Os aros 27 rodam pelas trilhas,
Rodam em direção às areias,
Das areias da Orla dos Pataxós,
A pele sente cada gota do orvalho,
As gotas evaporam pelo calor do nascer do sol.
Vidas correm pelas areias em plena sintonia,
Mas, não tenho a intenção de apagar esta harmonia da vida,
As ondas apagarão as minhas marcas,
Sigo meu caminho pelas rodas 27, sentindo o vento na face,
Um alívio na alma com as cores em explosão do viver dos olhos.
No pensamento, tudo se irradia!
Marivaldo Pereira Souza
Um cantinho com amor,
Um cantinho com flor.
À mesa, o café, o livro e o saber.
Nas paredes a cor,
Em teus olhos, meu ser.
O sorisso, as palavras,
A música e o cantor.
A noite e as estrelas,
Juntos, eu e vc.
Alma de mãe
Do silêncio, surgiu o som.
As notas foram tocadas para pacificar a minha alma,
Triste, chorona e dolorida,
Porque não consegue parar o tempo,
Vendo você partir, anjo amado.
Como é intenso este instante,
Em que vejo seus passos indo em direção ao distante.
Meu pequeno ser,
Que cresceu em corpo físico,
Mas vive em alma de menino.
Ouço as suas frases inocentes,
Fruto da fragilidade jovial.
Mas sempre questiono:
O que é a juventude sem a inocência sonhadora?
Senhor gaiteiro,
Toque mais notas musicais,
Pra curar minha loucura,
Pra adoçar os momentos
Que penso estar sonhando
Com a minha linda semente,
Longe dos bravos ventos e
Sempre ao meu redor.
Lembranças
Não quero apagar as lembranças de suas imagens,
Saudosa menina.
Minha alma incansável procura por algo que se parece impossível,
porém, essencial para o sossego da existência de um pai:
Um abraço verdadeiro de sua semente amada.
Não esqueço seu sorriso,
Sei que é impossível voltar ao tempo de sua infância;
Lembrança daquela criança que não se apaga;
Imaginação duradoura.
Estes desejos eu não esqueço;
Corro pelo tempo, mas não te alcanço;
Não fujas de mim, oh! Bela menina;
Estenda-me os braços e diga-me:
Sou sua semente;
Sou uma alma verdadeira;
Existo não somente na saudade,
Existo em teus olhos,
Sou a Lembrança e o sonho da sua vida.
Marivaldo Pereira Souza
Ela faz
Tudo o que eu gosto
Todo meu gosto
Se ela sai
Sinto falta
Do seu cheiro
Sinto falta do tempero
Sinto falta de atentá-la por inteiro.
Marivaldo Pereira Mperza
Ficar perto de você
Pode ser perigoso
Seu sorriso esperançoso
É muito venenoso
Leva a praticar tolices
E a viver embriagado de amor.
Marivaldo Pereira Mperza
Já que não tenho medo
Das suas intenções insanas
Na beira do riacho escuro
Possa ser que eu fuja de vez
Num gostoso mergulho
Pra perto dos teus pés
Apreciar tua suave nudez
Com o fogo da minha paixão.
Marivaldo Pereira Mperza
Eu não sei viver os dias
Sem pensar em ti
Não sei.
Se corro pelo tempo
Vivo os momentos
Das mágoas
Dos sonhos
De encontrar a paz.
Eu não sei viver os dias
Sem pensar em ti
Não sei.
Não sei morrer
Sem viver para ti.
Não sei cantar o canto
Sem cantar para ti
Todo meu sofrimento
Que a distância causou.
Sei que fui ingrato
Com seu choro de sentimento
Fui ausente
Fui intenso
Como um estranho
Em lágrimas correntes
Vivendo na alma a própria dor.
Marivaldo Pereira Mperza
Menina sapeca
Eu quero te vê
Com os pés descalços
Pelos cantos da casa
Na varanda
Na sala
Debochando da ilusão
Contemplando leituras
Até mesmo as de Charles Bukowski.
Quero a pureza do som
Com seu violão
Sua Gaita
Numa melodia
Que arranca sorrisos da alma
Como cantos dos pássaros
Ao amanhecer do dia.
Haja como outros seres
Tire as asas deste corpo
Assopre forte pelo escuro
Faça delas memórias de um tesouro
Pois a vida é curta
E lindo é a liberdade
Deixe ser levada por vários caminhos
E liberte-se desse casulo de medos.
Marivaldo Pereira Mperza
Rasgue o ódio
Liberte-se da vaidade
Apague seu ego
E suas atitudes arrogantes
Sem a intenção
De subir velozmente ao pódio.
Abra o sorriso
Doe-se por inteiro
Seja generoso de alma
E sempre libere o caminho
Para o combatente vitorioso.
Fuja da guerra raivosa
Sua dor da derrota passará
Pois o fracasso é uma escola
Aceite sua escolha
Reconheça seus defeitos
Lute por uma nova glória.
Feche seus olhos por instantes
Medite na oração
Do escuro surgirão novos sonhos
Suas ações devem ser amorosas
E encantadoras
Como ensina lá do alto
A linda lua cheia
Iluminando a todos
De forma esplendorosa.
Marivaldo Pereira Mperza