Biografia de Mario Vargas Llosa

Mario Vargas Llosa

Mario Vargas Llosa (Jorge Mario Pedro Vargas Llosa) nasceu em Arequipa, no Peru, no dia 26 de março de 1936. Passou sua infância na cidade de Conchabamba na Bolívia. De volta ao Peru, estudou Direito e Letras na Universidade de San Marcos, em Lima. Em 1959, mudou-se para Madrid, onde ingressou no Doutorado em Filosofia e Letras. Publicou um volume de contos “Os chefes”. Em seguida, foi para Paris como jornalista e redator da revista France Press.

Em 1962, publicou seu primeiro sucesso, “Batismo de fogo”, um romance com ambientação numa escola militar rígida e cruel. A obra foi uma denúncia à realidade política do Peru, que vivia uma ditadura. Em 1963, publicou “A cidade e os cachorros”. Em seguida, “A casa verde” (1966), vencedor do Prêmio Rómulo Gallegos. Um dos livros mais importantes do autor é “Conversa no Catedral” (1969), no qual narra uma época da ditadura em seu país.

Antes simpatizante do socialismo e admirador da Revolução Cubana, sua postura começou a mudar depois de visitar a União Soviética, em 1966. Começou também a se afastar da política cubana em função da censura implantada no país. Em 1981, publicou “A guerra do fim do mundo”, que narrava uma história da Guerra de Canudos, misturando personagens fictícios e reais.

Em 1985, recebeu a Medalha de Honra do governo francês. Em 1990, se candidatou à presidência do Peru, por uma coligação de centro-direita. Foi para o segundo turno, mas perdeu para Alberto Fujimori. Resolveu deixar seu país e seguiu para a Espanha, onde obteve a cidadania espanhola. Foi em seguida para Londres e retornou às atividades literárias. Suas experiências como escritor e candidato à presidência foram relatados na autobiografia “Peixe na água” (1991). Em 2006, publicou “Travessura da menina má”, obra e ficção, levemente autobiográfica.

Mario Vargas Llosa escreveu diversos ensaios, grande parte de cunho político. O mais comentado foi “Sabres e utopias” (2009), livro no qual resume seu pensamento a favor das liberdades e contra a tirania dos governos totalitários. Em 2010, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, um de muitos prêmios literários obtidos durante sua carreira. O autor também foi publicado em mais de 30 idiomas.

Morreu em 13 de abril de 2025, aos 89 anos, cercado por seus familiares em Lima, no Peru.

Acervo: 28 frases e pensamentos de Mario Vargas Llosa.

Frases e Pensamentos de Mario Vargas Llosa

Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias.

Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos.

O esquartejamento da humanidade em blocos rigidamente diferenciados - como em ser negro, muçulmano, cristão, branco, budista, judeu etc - é perigoso porque estimula o fanatismo dos que se consideram superiores.

Você não pode lutar consigo mesmo, pois essa batalha tem apenas um perdedor.

Diferentemente do comunismo, um mito capaz de seduzir muita gente com seu sonho igualitarista, o fundamentalismo religioso islâmico, hoje o principal adversário da civilização, só pode convencer os já convencidos.