Mario Rossetto
Ampliando o pensamento anterior:
Se você faz aplicações no mercado financeiro, com toda a certeza está sendo atendido por empresas intermediárias altamente lucrativas.
Não importa que sejam gurus, gabirus, brucutus ou urubus, você precisa atentar para algumas coisas importantes e proceder de forma cuidadosa.
Saiba, por exemplo, que o departamento mais bem montado, que atua diuturnamente 7 dias por semana, com equipes altamente competentes é o Departamento Jurídico.
Você certamente está sendo atendido por consultores ou assessores que podem ser desde executivos, empregados, contratados até aglutinados. Chamemos estes experts de assessores.
Note que dificilmente os contatos são por escrito. Esses assessores gostam de conversar ou mandar mensagens de voz e induzi-lo também a falar.
Seja bastante cuidadoso com o que fala. Tudo o que você fala é cuidadosamente armazenado e catalogado. Aqui, como na Polícia, tudo o que você fala poderá ser usado contra você (no contexto ou fora dele) ...
Quando procedimentos complexos (montagens de opções, por exemplo) começam a dar errado (prejuízo) existe sempre a proposta de novos procedimentos para superar o azar. Cuidado, isso pode ser uma bola de neve, sempre crescente!
Não diga jamais que você confia no de cujus e que você nem precisa olhar o que lhe é proposto (até porque, não entendendo do assunto, seria dispensável). Melhor dizer: “se você garante que isso vai funcionar, pode fazer”.
Também não caia na besteira de fazer de seu assessor um confidente...
Se você se rebela contra a situação negativa, o seu amigo sai de cena e aparece um mais graduado para provar que você está errado.
Seja duro “sin perder la ternura” ...
Se a coisa piorar, escolha muito bem o seu advogado e não aceite pagamentos integrais à vista...
Alguns juízes, considerando a importância da intermediária, podem achar que você é um esperto que quer abusar da integridade moral da empresa...
E.T.: Como posso ser acusado por difamação, apresso-me a negar tudo o que disse acima.