Mário de Andrade
Mário de Andrade foi um poeta, romancista, contista, crítico literário, ensaísta, pesquisador de manifestações musicais e folclorista brasileiro. Foi um dos principais nomes do Modernismo no Brasil.
Nascido em São Paulo, em meios aristocráticos, se formou em Música no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde posteriormente se tornou professor de História de Música.
Carreira literária
O contato de Mário de Andrade com a literatura começou cedo, em críticas escritas para jornais e revistas. Publicou o primeiro livro de poesias assinando com o pseudônimo de Mário Sobral: Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917).
Junto com Oswald de Andrade e outros intelectuais, Mário foi um dos líderes da Semana de Arte Moderna de 1922, quando ganhou notoriedade. Participou ativamente de todas as agitações do novo movimento.
Após a semana de 1922, Mário de Andrade publicou Pauliceia Desvairada, onde reuniu seus primeiros poemas modernistas, na tentativa de definir e animar os novos caminhos para a criação artística brasileira.
Mário multiplicou-se em mil e tornou-se um grande intelectual, a figura mais importante da geração de 22.
Sua prosa e suas pesquisas das raízes brasileiras ocuparam lugar de destaque. Seus estudos são um registro valioso da cultura brasileira no início do século XIX.
Ele percorreu o Brasil, principalmente o Nordeste, pesquisando as manifestações populares o que foi sua base para compor ensaios e até obras ficcionais.
Entre os anos de 1934 e 1938, chefiou o Departamento de Cultura de São Paulo, quando lhe imprimiu um ritmo dinâmico e inovador.
Mário de Andrade faleceu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1945, vítima de um ataque cardíaco.
Obras principais:
Poesias
- Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917)
- Paulicéia Desvairada (1922)
- Losango Cáqui (1926)
- Clã do Jabuti (1927)
- Remate dos Males (1930)
- Lira Paulistana (1945)
- O Carro da Miséria (1946)
Ensaios
- A escrava que não é Isaura (1925)
- Ensaio Sobre a Música Brasileira (1928)
- Modinhas Imperiais (1930)
- Música, Doce Música (1933)
- O Movimento Modernista (1942)
- Os Filhos da Candinha (1943)
- O Baile das Quatro Artes (1943)
- O Empalhador de Passarinhos (1944)
Contos
- Primeiro andar (1926)
- Belazarte (1934)
- Contos Novos (1947 – póstumos)
Romance
- Amar, Verbo Intransitivo (1927)
- Macunaíma (1928)
- Quatro Pessoas (1984 – póstumo)
Crônica
- Táxi e Crônicas no Diário Nacional (1976)
- O Turista Aprendiz (1984- póstumo)