Marina C.
A velha vontade de lustrar os trilhos do trem com meu próprio sangue surge novamente com força infindável.
Eis o que sou
a ovelha desgarrada
desmamada precocemente por ser negra feia e diferente das outras
eis o que sou
animal longe do seu próprio mundo
não era pra ser assim
mas não tenho escolha sejamos o que temos que ser .
É muita desgraça para pouca cachaça.
É muita dor para pouco amor.
É muita decepção para pouco coração.
A vida? Nada justa essa troglodita.
Esqueça a história utópica do trampolim no fundo poço, por via das dúvidas é melhor aprender a escalar.
Qual é a melhor maneira de acabar com a própria vida? Um tiro na cabeça, overdose de tarja preta ou insistir em um amor não correspondido?
Fica a dúvida.
Sei que vocês já ouviram que o amor é isso ou aquilo. Mas, sabe ?! O amor pode ser oque você quiser que seja, talvez sua definição de amor seja clichê, ou seja muito bizarra, e está tudo bem. Não se culpe por amar da sua forma, não se culpe se você faz coisas que os outros não fariam, ou se não faz oque os outros fazem. A sua forma de amar é verdadeira, é isso basta. As vezes nos espelhamos na forma de amar do outro, e destruímos tudo oque foi construído, colocamos fogo em cima do fogo, e somos consumidos com ele. Não de ouvidos ao outros, porque eles são somente os outros, é no final, a sua forma de amar, é única pra você, e só ela é capaz de te salvar da escuridão.