Mariangela Pinheiro de Lima
Todo profissional que trata o corpo deve considerar que os alcances funcionais dos pacientes são evolutivos e extremamente dependentes da expertise de quem trata.
Não é possível ter sucesso no tratamento do torcicolo e das assimetrias posturais de bebês com menos de um ano de abordagem terapêutica global.
Os músculos respiratórios diferenciam-se dos outros músculos estriados esqueléticos por serem mantenedores da vida. Sua atividade constante e variada, na vigília ou durante o sono, proporciona suprimento energético não somente para a continuidade da vida, mas para que a vida se expresse com a potência possível a cada indivíduo.
A fragilidade do bebê e da família deve nos fazer repensar o fato de ter autoridade para decidir como atuar em um momento delicado no qual esta sendo definido o destino de muitas vidas.
O respeito à interação dos sistemas respiratório e sensório motor produz desfechos seguros e possivelmente minimiza a incidência de doenças crônicas relacionadas a esses sistemas.
O conceito de intervenção imediata está relacionado à neuroproteção e respeito ao neurodesenvolvimento.
Nós, fisioterapeutas respiratórios, que lidamos diariamente com pessoas portadoras de distúrbios respiratórios, precisamos literalmente tocar o problema da respiração. A respiração precisa se tornar real, tangível, palpável.
