Mariana Guerreiro (Capitolina)
Ela no "meu" "eu", dela.
O grande abuso emocional está naquele pequeno riso com brilho nos olhos,
Provocado por ela,
Ao olhar para ela,
Pelo que na minha mente fiz dela,
Pela vontade incessante que tenho nela,
O abuso é ela no “eu dela’’,
O emocional se consiste nela no “meu eu”
E o sorriso é,
Pelo que era eu
Pelo que era meu,
Pelo que era o meu eu,
Ela pelo meu próprio eu, fez seu.
Agora o que é meu
Por vontade é dela,
Continua tão eu,
Que não vive sem ela.
Sera?
Olhei para o sol e nem sequer o aprecio, mas por um momento ele me agradava, assim como o ar, as vozes, tudo que estava ao meu redor me agradava, o pensamento voava fixado em você e o restante me agradava automaticamente por estar tomando menos relevância, eu estava te apreciando na minha mente e logo todo o restante fez-se apreciar, podia claramente te sentir , o pensar se tornou tão forte que parece que vai se materializar na minha frente, me surpreender, me envolver, é tão claro que posso sentir gostos, perfumes, acho mesmo que te guardei aqui dentro… para uma apreciação totalmente egoísta, algo só meu…. Fico tão atenta a essas coisas que te pergunto, sera que você percebeu? Que você sente? Que já está dentro de mim.
Diálogo subconsciente
É tão diferente o jeito que foi apresentado, que até a sua suposição parece uma mão que aperta a garganta, que lhe empurra o peito, como quando a respiração já parou por um tempo e parece que se tenta a cada expirar colocar aquilo para fora, expulsar de dentro de si , poderia me sair pelo ar, pelos fluidos,pelos poros, por onde fosse … Poderíamos ser capazes de nos remontar como castelinhos de bloquinhos de madeira e falar, “não ! essa janelinha aqui eu não vou colocar.” parece que o nosso organismo não entende e fica nos apunhalando com os fatos do que sabemos, não, ele realmente se faz de pouco importar que a sua mente não pode, não deve, mas nada disso muda os fatos óbvios não é verdade? . Estou no alto de um abismo consciente ,ouvindo um lindo som , que não me fixa, mas me guia a saltar e eu escuto plenamente e obedeço sem direito a alguma reação porque a voz da vontade própria é mais forte do que qualquer ruído enganador . estou caindo , indo, seguindo… Ate o meu próprio ar me sufoca ,mas a minha voz se dá aos sons de respostas, a minha mente simples formula, formula e para no mesmo lugar . Eu juro que não sei sabendo o que ocorre,faço mil juras ao meu Eu e o meu orgulho mais que ferido pelas minhas próprias promessas tenta se auto criticar, são tapas na cara da própria mente, do próprio destino, do próprio querer… Continuo caindo, doi uma dor boa, gostosa com toques de prazer , caio de forma leve,lenta,demorada,rapidamente levando ao fundo de uma questão velha,mas tão velha que chega parecer novidade.
O abismo me consome, me mostra que quanto mais eu caio e não chego ao fundo é que nem sempre necessariamente ele precisa existir, há pessoas que apenas conhecer a sua suposição basta.
Caio me revirando ao sons dos meus gritos que nem sequer me ecoarão pelas cordas vocais ,me reviro e viro de todos os lados, de ponta cabeça,mas pouco me importa sempre fui o lado certo e o contrario em um mesmo ser ,exatamente no mesmo tempo ,devo ser mesmo a frase que repito e repetidamente está em mim. ” Sou o certo e o errado, eu quero não querendo ao mesmo tempo,sou todo esse paradoxo incompleto,imperfeito uma verdadeira linha ténue ente o 8 e o oitenta”, continuo … Caindo vendo que ate o meu não querer quer, que o meu oito virou 80 e que o meu incompleto pode ser suficiente, o imperfeito pode ser desentediante e que somente outro paradoxo para encaixar os termos, as ideias,os pensamentos, os sentimentos…
Drama Rimado
Quem se importa?
Com mais meia dúzias de palavras que eu escrevo de um jeito meio torto;
Do pensamento meio termo de um peito meio morto;
Da verdade meio morta.
Quem se interessa?
Com mais alguém que finge que é ficção que vive de corpo fechado;
Do contentamento dá lírio à emoção de um sorriso meio inchado;
Da tristeza meio impressa.
Quem se preocupa?
Com mais uma história de amor de começo caloroso;
Do sentimento que faz se opor;de um ato venenoso;
Da meia alma que tem culpa.
05:53
No sofá, de manhã eu refletia (me);
Como minha vida não é mais você, ela é com você.
Você não é mais a minha euforia inicial é a minha certeza, é o meu sólido.
E agora eu sou tão amante de mim, mas não desses amantes que se escondem dos seu conjugues.
Venho aprendendo que devo "me interessar" antes de ser-te interessante.
Já me distraio comigo e com os meus filmes "chatos" do Netflix, já não necessito da sua atenção apenas a aprecio.
Entretanto entre tantos novos hábitos que criei não deixo de te incluir como parte desejável, do meu dia a dia, não deixo de me ludibriar no amor próprio de que não te incluo como parte vital dele.