Mariana Guerreiro (A Aleatória)

Encontrados 9 pensamentos de Mariana Guerreiro (A Aleatória)

Venho por meio desta.

A beleza está nos olhos de quem quer ver,
Então porque tenho aderir outro modo de ser?
Porque eu que tenho que mudar a minha forma de agir?
Deixar que opinem até o que eu for vestir?
Se gosto é uma questão de opinião,
Será mesmo que tenho que me encaixar em um padrão?
Qual é o padrão? O que deve ser normal, o usual?
Deixar que a sua manipulação seja coloquial?

Se eu não me encaixar?
Te dá mesmo o direito de me criticar?
Quem te disse que o teu jeito que é o certo?
Então para ser aceito eu tenho que ser incompleto?

Tenho que ver, ser e seguir tuas regras,
Deixar que me ponham rédeas,
Quem disse que certa é a tua lei?
Dentro da tua barriga deve mesmo morar um rei!


Venho por meio desta à preconceituosa população dizer que não é (são) você (s) que decide (m)
Minha forma, minha essência,
Meu gosto, minha aparência,
Meu jeito de ser, meu jeito de agir,
O que vou falar, onde devo ir,
Como devo ser, o que vou pensar,
O que devo vestir, O que devo falar,
Que religião vou seguir, quanto devo pesar,
O que devo perder, o que vou adicionar.
Nem tão pouco com quem vou me relacionar.
Não decidem meus gostos, minhas vontades, minhas atitudes, meu sexo e nem o meu gênero.

E, se quer tanto me destruir...

"Destrói minha alma, porque o corpo é efêmero"

soRISOS CHEIOS DE VIDAs
Chora menina, chora baixinho, chora no canto para ninguém ouvir.

Chora a mágoa, existente , sem sentido, chora as lágrimas que nem vão cair.

Chora escondida, chora para dentro, chora pelo que passou, pelo que é e pelo que há de vir.

Chora menina, que quase não chora, por dentro sabe chorar e por fora só sabe sorrir.

Chora no escuro, mas presta atenção, se ouvir algum barulho de alguém para chegar.

Esconde o teu rosto, engole o teu choro, porque se não, terá que explicar.

Esconde tua alma,não dê um motivo, ao choro emotivo de não se lembrar.

Sorria menina, com alegria para mais uma fotografia e no seu dia à dia volta a chorar.

Eu poesia
Queria virar poesia,
Ai eu ia
Na ventania
Na melodia
De la veria
Me escutaria
Entenderia
Me afrontaria
Na calmaria
Repensaria
Quem me leria ?
Quem quer me ler ?
Quem me lerá?

É a ordem natural das coisas se reorganizarem, o fim da tua “alma” será quando todas as tuas moléculas entenderem definitivamente esse processo.

Insônia
Enfim esse vazio nesse tom de branco escuro ,não duvido ,asseguro que alguma coisa apagou.

Sentimento sem motivo, voz que grita em som passivo o que da mente cancelou

Sussurrando meias palavras de meias cenas,
de meio filme apenas ,o restante congelou.

Congelou com os olhares, caras e bocas e os lugares , que na foto fixou

Grita forte no meu peito , para recordar só há um jeito, ligando os pontos desse livro imperfeito que são as lembranças que se passaram e não passou.

Revivendo as alegrias,as tristezas as agonias, contadas nas fotografias , lembrando com o que restou.

Restaram todos os detalhes que tomaram seus lugares , apesar de todos os pesares para continuação dessa vida que continuou.

Eventualmente
Sempre será assim a rotina roda numa roda gigante que você não queria nem entrar, mas quando vê já está la em cima e só observando outras pessoas entrarem, somente após que chega no topo consegue apreciar, e quando vai descendo lentamente tem medo e quer parar, quando chega lá em baixo quer subir e ver novamente é um ciclo vicioso inevitável, lentamente imperceptível percebível e naturalmente necessário.

Desentendendo .
Quase tão vívidas que chegam a ter odores, brilham cada uma com o seu brilho fosco que talvez só façam sentido mesmo para esses meus olhos fechados de mente relapsa, passam de cada vez no meu slide eventual, se eu te contar te assusto, vai me perguntar como todos, como é esquecer e saber de tantos detalhes passados. Nesse ângulo de inércia me é possível arquivar como um desenho que eu mesma desenhei, de contos que eu não criei, mas recriei , entendendo o enredo de uma história que nem sequer parece que foi contada.

Lá onde deveria estar.
Eu guardo, guardo tudo,
até o que não foi lançado ao vento,
até as palavras que você disse em pensamento…
Parece que eu esqueci , mas eu não esqueci,
meu corpo e minha mente apenas não permite que venha me ferir,
mas está lá, está tudo sempre lá… transcrito no fundo oco da minha própria retina.

Ignorância: substantivo feminino, estado de quem ignora, falta de ciência ou de saber, incompetência. (Dicionário Priberam)


Costumavam me falar que a vida não era fácil, mas fácil mesmo eu já compreendia que não, só ainda não entendia que além da própria vida não ser tão simples muito menos eu acharia alguma simplicidade na auto compreensão . Não que exista o bicho de sete cabeças na humanidade temos bilhões, confusas, variáveis, inconsistentes, descompassadas ligadas umas as outras, algumas ligadas no piloto automático, algumas pagando de livres outras presas em grades imaginárias, tem as que se escondem mesmo sabendo que não há nada de novo a se esconder, não há ato de bondade ou maldade maior que já não foi pregado a nós.
Somos adaptação, nos reproduzimos o tempo todo nas mais loucas e calculadas variações. O mais frustrante não é nem saber que não há nada de tão novo assim, decepcionante é ver que nos afundamos nas regravações ,o que deveria evoluir se dá tanto ao exagero que se perdeu. _Perdido estamos, Perdido está o mundo!, Ouço da boca da pessoa que acaba de ver algo que julga tragédia. Mas quando fomos achados? quando fomos iluminados? Criamos fantasias claras para ignorar que não aprendemos de forma competente nem a repetir, repetir, repetir, repete..
Ignorar é o que aprendemos de melhor, ignorar a vida, os conceitos, os meios e o próximo, nos trocamos e trocamos os outros.
Ignorar é o que recriamos dentro da nossa prole , ignorar, ignorando que mesmo participando de uma base fantástica de ser, somos e sou ignorância.