Mariana Belchior Ribeiro Freire
"Certa vez, li nestes artigos casuais que era impossível existir uma única alma gêmea para cada pessoa. Que se acreditássemos em alma gêmea, estaríamos fadados ao insucesso amoroso. Afinal, quem garantiria que iríamos encontrar essa tal alma? Ela poderia nascer 70 anos antes da gente ou 70 anos depois. Mas, algo sempre me disse que o sonho de menina não era apenas um sonho. Um dia eu encontraria aquele ser que apesar de ter milhares de defeitos, seria o alguém em algum lugar no mundo feito só pra mim. E na dança da vida, nas idas e vindas do amor, nos encontramos. Aliás, você me encontrou e eu te recebi. Te recebi, quando já não acreditava mais que o amor fosse me encontrar. Você me encontrou, quando você já não queria mais se entregar a ninguém. E de uma maneira inexplicável, nossas almas se entrelaçaram. Foi tão rápido que nem percebemos quando já estávamos nos amando. Um encontro de almas e não apenas de corpos. Mas, na vida nada é fácil. E a nossa, então... A nossa história daria uma bela novela. Tanta coisa nos impede de nos amarmos, mas, mesmo assim, estamos aqui. Temos os mesmos defeitos, somos uma constante inconstância. Somos tão simples como a charada da Esfinge. A nossa intensidade é a nossa insanidade. Somos a causa e a cura das dores um do outro. Eu sou sul, você é norte. Eu sou fogo e ar, você é água e terra. Eu sou emoção, você é razão. Eu sou voz, você é ouvido. Eu sou a pressa, você é a calma. Eu sou confiança, você é receio. E é isso que nos mantém em equilíbrio. Mas, também somos desejo. Somos amor. Somo carinho. Somos compreensão. Somos respeito. Somos confiança. Somos música. Somos poesia. Somos arte. Somos sonhos. Somos realidade. Somos planos. Somos o bem um do outro. Somos o “eu te amo” que tanto tememos dizer. E pra sempre seremos melhores amigos, seremos sábios confidentes, seremos loucos amantes, seremos nossos amores."