Maria Kina
Caso engraçado......Outro dia estava na rua, tinha saído para distribuir uns curriculuns, estou desempregada. Acabei andando muito e quando percebi ja passava das 14:00hrs e nem tinha almoçado. Resolvi parar em uma pequena Temakeria pois estava com um pouco de fome e ainda tinha algumas coisas para resolver antes de voltar para casa. Entrei e me sentei em uma mesa com dois lugares. Um rapaz bem jovem veio me atender e me entregou o Menu, dei uma olhada rápida e fiz o pedido, visto que não tinha muito o que escolher.
Logo veio meu pedido e comecei a comer, estava uma delicia, pois adoro comida japonesa e sem querer exagerar essa Temakeria esta de parabens. Quando já estava quase terminando vi que entrou um garoto, devi ter uns 16 anos, sentou-se na primeira mesa ao lado da porta de saída. Vejo quando o garçon se aproxima dele e fala alguma coisa que não consegui ouvir. Eles conversam cerca de um minuto e o garçon volta para seu lugar e conversa com uma garçonete que em seguida vai para a cozinha. Passados alguns minutos a garçonete volta com uma bandeja e serve o garoto que com uma fome de dar inveja começa a comer. Não demora muito para limpar a bandeja e começa a mecher na carteira colocando em cima da mesa umas moedas. Depois pega a mochila e abre, enfia a mão la dentro e fica procurando alguma coisa, encontra mais umas moedas as quais se juntam as outras que já se encontram em cima da mesa. Ele conta e reconta aquelas moedas e já não sabe mais o que fazer, olhava para um lado e para o outro, aquelas moedas não pagariam a conta que não era alta, mesmo assim não pagaria.
Aquela situação estava me deixando impaciente, ao mesmo tempo que queria ajudar não sabia como fazer, se me oferecesse para pagar e ele se recusasse, e se eu estivesse tirando conclusões erradas a respeito daquele garoto, e se não fosse o que estava parecendo ser? Ai Jesus, que coisa mais chata. Do outro lado do balcão o garçon já se mostrava impaciente tambem.....fiquei imaginando o que aconteceria dali pra frente....entao pedi minha conta, paguei e me levantei. Ao passar pelo garoto, fingi pegar alguma coisa no chão ao lado da mesa dele que me olhou com cara de assustado.
Ei garoto, issu deve ser seu e lhe entreguei uma nota de dez reais. Ele me olhou mais assustado que antes e disse: Não moça, não é minha não eu não tenho dinheiro. Com a voz que fiz parecer firme lhe respondi, claro que é sua eu vi quando a deixou cair.
Sai daquele pequeno restaurante com uma certeza, quando queremos ajudar alguem sempre existe uma maneira e melhor ainda, podemos ajudar as pessoas sem constrange-las.