Maria Fátima Soares
Quando os dias ameaçam ser amargos, cubro-os de açúcar em pó. Para mim... a chuva é sempre algodão doce. O frio, delicioso como a canela em pau. O resto são letras. E as letras sou Eu
Só as pessoas inseguras do amor que vivem, necessitam de gritar ao Mundo o amor que sentem. Escrever em todos os lugares vagos, como ele os preenche.
Só as pessoas tolas acreditam que se distanciam de todos os mortais ao amar e insistem... que precisam, gritá-lo! Mas se ao Amor nunca alguém, ouviu a voz. Não há emoção mais discreta! Que nasça espontânea, sem avisar.
Para quê gritar o que é nosso?! Tão nosso, especial e particular que devemos guardá-lo de devoradores alheios.
Todos os Amores são particulares a seu modo... para quem os experimenta. Como nenhuma desilusão amorosa é igual a outra!
Deixa gritar apenas os beijos...
E que cada carícia, abale o Mundo, em doce e cúmplice silêncio
Trazes-me na ponta da língua. Oh, por favor! Não me deixes cair, dessa altura... ao abrires a boca para nomear outra; mas seja eu (sempre aquela), que te aflora aos lábios.
Escrevo tanto, de tantas formas e com tantas letras... Que me perco um pouco em cada pedaço de tinta gasto, ao desenhá-las!