Maria Cristina Munhoz

ENGANO


Baixou o olhar como se há procurar
Uma desculpa qualquer
Para o que não se tem como desculpar
Não há nada, nada mais
Quem mandou sonhar...
Mas em tudo há sempre alguma verdade
E a verdade estava sempre lá...
Porque era cruel essa verdade
Ela preferiu se enganar

Eu sei muitas coisas
so que não posso falar
e as coisas que temo são tão banais
mas podem me matar
tic tac só o relógio
e o tempo a passar

O que as rosas podem oferecer além da beleza superficial
Como você eu teimo em amar
E este amor me faz tão mal...
O que tem no olhar distante, no qual morre seu brilho a cada instante.
Não há nada além daquela estrada, senão mais estrada
E além do céu, há mais céu.
E no acreditar é como delirar
Meus ouvidos doem ao saber
Aquilo que meu coração não quer ver...
Onde estão os anjos?
Eram tantos os planos.
Mas estou só aqui.