Marcus Daniell Alves
Na boa. Não da pra definir o que é amizade. Talvez seja a mistura de vários adjetivos que tentam explicar algo que se sente, que é recíproco, que da saudade, que da vontade de brigar, que briga, que diz que é certo, que diz que é errado, que chora junto, que sofre junto, que compra a briga. Quando a amizade é verdadeira isso tudo cabe. Deixam de ser gestos e adjetivos pra virar uma coisa que vem de dentro e se externa novamente em gestos. Quando é verdadeira não precisa de tempo para que seja sentida. Quando é verdadeira não precisa de demostrações para que acredite-se na veracidade do sentimento. Amizade não da pra ser definida, não da pra ser enquadrada em uma palavra. Amizade talvez seja vários sentimentos acumulados em um só. Amizade é algo fraterno, meio que sobrenatural, uma coisa extraterrena. Amizade talvez seja querer tudo aquilo que você precisa pra ser feliz ! Amigos DE VERDADE não são a metade da nossa laranja, é a laranja toda. Dentre algumas verdades da vida eis que uma acredito ferozmente e defendo com argumentos e contra argumentos.:"De amor não se morre, de amor não se vive. Passar pela terra e não ter amigos verdadeiros é como morrer sem saber que está morto."
Talvez amizade talvez seja um amor sem restrições, sem proibições que só precisa dizer "oi" pra que seja um amor verdadeiro.
Quando te peguei nos braços eu pude sentir borboletas na sua barriga. Vi elas saindo por sua boca e voando na imensidão do universo. Quando te abracei pude sentir o sangue do teu coração, cada batimento, cada pulsação. Pude sentir o fluido por tuas veias passarem pras minhas em um frenesi incontrolável. Quando toquei no seu rosto pude sentir tua alma alcançando a imensidão da minha, pude ver dois anjos deitados nas nuvens de um colchão ralo. Quando senti tua boca a minha... o mundo parou. A música parou, as pessoas silenciaram, tudo escureceu...
Quando fechei meus olhos eu estava em uma praia deserta, sentado nas pedras olhando o sol e sentindo a paz . Mergulhei nas ondas e fui afundando. Quando acordei eu estava deitado, abraçado e te beijando.
Pude ver as estrelas, a lua, cometas. Não dormi, apenas fechei meus olhos e te abracei esperando que aquilo fosse real. Quando abri meus olhos as estrelas ainda brilhavam pra gente. Vi as borboletas voando, vi teu sangue parar, não encontrei tua alma e eu estava deitado na praia olhando pra o sol. Quando me dei conta que nada disso existiu pude ver o quando eu gostei de está abraçado contigo, sentindo tua boa e teu corpo. Que tudo foi real, nas minhas mentiras.
Nenhum tempo é perdido quando não há tempo pra se perder. Nenhuma emoção é esquecida se nunca houve emoção pra se sentir. Nenhum momento é em vão se todos vão à mesma direção. Perder ou ganhar não importa. Nenhum arrependimento é sincero se ele não vem de dentro.
Não há arrependimentos. Palavras saindo da boca, flutuando no espaço, dançando no ar não afetam a lógica dos fatos e a verdade ocultamente escancarada por trás das borboletas que brincam de sentimentos pairando no tempo. Quanta metáfora pra esconder um sentimento. Quantas palavras pra poder descrevê-lo, sem ao menos encontrar uma que esboce realmente o que se sente. Quantas palavras eu vi saindo das bocas e quantas bocas se esconderam ou fugiram por trás das palavras.
Uma frase, uma bigorna, um martelo, uma palavra, um sentimento, uma metáfora, uma alegria, uma ressurreição, uma felicidade e um aprendizado.