Marcos Piangers
Aos pais que mantiveram distanciamentos artificiais com seus filhos, por questão cultural, por terem trabalhado demais ou por terem optado não ser presente, só posso dizer uma coisa: vocês não sabem o que perderam.
O pai moderno não tem aquele distanciamento que estávamos acostumados nos anos 80 e 90. Os pais dos meus amigos eram quase que mafiosos: quando eles apareciam na casa a molecada fazia silêncio, parava de correr, meio que se escondia pra não levar bronca.
O único item de valor na vida é o tempo que você passa com quem ama. As pessoas valorizam demais o dinheiro, trabalham para sustentar os filhos, sem lembrar que o dinheiro é, muitas vezes, superestimado.
Se você pudesse trocaria dinheiro por saúde. Trocaria dinheiro por mais amigos. Garanto que trocaria dinheiro por mais tempo com pessoas que ama. A gente só se toca nisso quando o tempo passa, quando os filhos crescem.
É um erro tão banal. Não quero cometer esse erro. Dou banho e ponho pra dormir quase todos os dias. Troco chopes com os amigos por cinema com as meninas. Quando viajo a trabalho sempre dou um jeito de levá-las. É o que me mantem feliz.
A geração de novos pais é mais participativa, carinhosa e presente. E tomara que continue assim, para o bem das crianças e felicidade dos papais.