Marcos Madeira de Mattos Martins
"Não se pode defender a liberdade quando a autoridade que deveria respeitá-la, maneja meios de reprimi-la em benefício próprio."
"Toda autoridade que censurar os advogados que defendem as causas de seus clientes, na verdade, busca calar a voz do direito e amordaçar a liberdade de expressão."
A boa-fé não é elemento jurídico para execução do contrato. Antes de qualquer proposta ou ajuste privado, a boa-fé é condição indispensável para manutenção da ordem social.
O imediatismo é um processo de deformação da natureza humana, pois abrevia a reflexão do ser, rompe a trajetória da matéria e subverte a concepção do tempo.
A erosão do trabalho é produto da refração econômica. Não é tão atual e nem tão antiga: apenas incandesce com o avanço tecnológico.
A liberdade de expressão é tão valiosa que somente os corajosos escolhem o manifesto público do que o silêncio do púlpito.
Na sociedade capitalista, o superendividamento acarreta a falência civil do homem, quebrando sua perspectiva de reconhecimento e inclusão social, cuja identidade de consumo é banida pela negativa de créditos gerados por um sistema econômico viciado de apelos.
O isolamento do homem e sua migração para as redes sociais transformaram as relações humanas em cores mais exibicionistas, desarmonizadas, e, sobretudo, intensamente vazias.
Cada vez mais as tecnologias rompem o estacionário e transformam a sociedade em novos e extremos predicados. O que hoje é banal, amanhã é celebração.
Enquanto o mundo do exibicionismo é alimentado nas redes sociais, dando um alento às desigualdades, a sociedade do espetáculo vai se fortalecendo pelos apuros políticos, pelo colapso das instituições e pela epidemia do medo.