Marcos Gross
No sentido positivo, podemos contagiar os outros e sermos contagiados pelas mensagens; no aspecto sombrio, contaminamos e disseminamos conteúdos tóxicos para as pessoas.
A comunicação é nossa roupagem, uma segunda pele que revela o que pensamos e sentimos do mundo ao nosso redor.
Dos pequenos grupos à fala de um líder nacional, comunicação é o terreno da exposição, implica sair de um local escondido e ¨colocar a cabeça pra fora¨.
Quando nos despedimos da vida e encerramos nosso ciclo neste mundo, a comunicação se dá por meio de um último e definitivo suspiro que avisa aos médicos e familiares que chegou o momento da nossa partida.
Precisamos conversar e trocar experiências com os semelhantes para mantermos nosso equilíbrio psíquico e uma vida sustentável. O homo sapiens é também o homo communicatus.
Num contexto mais profundo da comunicação humana, o ato de compartilhar significa sair do isolamento, porque aquilo que era exclusivamente meu, passa a ser nosso e o que era somente do outro, também passa a ser meu.
Quanto mais estiver alinhado ao perfil do interlocutor, mais qualidade de interação poderá se efetivar nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Inteligência comunicacional é a nossa capacidade de sermos flexíveis diante de diferentes realidades, situações e públicos com quem nos relacionamos.
Inteligência Comunicacional é a habilidade de dizer o que se quer dizer, a capacidade para entender exatamente o que o outro disse e a certeza de que houve total compreensão e boa vontade entre ambas as partes.
Quando falamos e escutamos pouco, não somos notados; quando falamos muito e escutamos pouco, somos inconvenientes; quando falamos pouco e escutamos muito, somos misteriosos; quando falamos e escutamos na medida certa, dialogamos.
Quanto mais dependência e comprometimento houver numa relação, maior será a necessidade de diálogo contínuo e colaborativo.
Não basta apenas escutar, mas deixar uma percepção explícita e transparente para o outro que você está efetivamente escutando-o com atenção.