Marcos Francisco dos Santos
Numa sociedade injusta, aquele que se adapta bem a ela, sem discutir ou lutar por mudanças, trata-se de um mantenedor do sofrimento alheio.
Não posso salvar a vida de todos, mas as poucas vidas que forem salvas não tira o mérito de quem deseja mudar o mundo.
Disseram que eu não poderia fazer algo, e fiz!Não passei a acreditar em mim mas passei a desacreditar nos outros!
A méritocracia diz que você cresce por mérito e quem não o faz é por preguiça ou descuido mas a verdade é que ninguem tem as mesmas circunstâncias durante o trajeto.
Não seja individualista, muitos dependem de você nesse mundo e tudo que você faz tem consequências na vida de outros seres.
O capitalismo precisa que o seu individualismo seja constante, cego e que você haja como um idiota que acredita que pode e precisa viver sozinho.
Sim, o dinheiro traz muita infelicidade, sua falta e sua busca traz sofrimento. Mas isso tudo só é possível póis é dado mais valor ao capital do que as pessoas. É nossa perspectiva que faz com que o sofrimento se prolongue e se intensifique. O importante no es el destino, o importante é o caminho.
O dinheiro traz felicidade sim, para quem possui, mais acarreta mais sofrimentos que alegrias no mundo contemporâneo, e suponho que em outras épocas também.
O sofrimento produzido é ainda maior pelo seguinte motivo; a riqueza é enaltecida e como a maioria nesse pais, e no mundo, não é composto de pessoas ricas, acaba sendo majoritário o sofrimento.
O mesmo jornal que anuncia que a felicidade pode ser alcançada com a riqueza e que existe um valor específico para ser feliz, o mesmo jornal repudia as pessoas que entram em desespero e roubam,matam e mentem por dinheiro. Incentiva e depois pune.
Meu amor quero dizer a você o que aprendi sobre psicologia. Em primeiro lugar não existe psicologia, nunca existiu. A psicologia é uma ilusão, o que existe são ideias que se propõem a ser psicológicas. Em segundo, não existe uniformidade e consenso. O que é verdade para um autor, é mentira para outro e há quem não acredite em quase nada.
Quem duvida da força das interferências ambientais na formação do sujeito não pode deixar de pensar nas influências das pessoas que estão ao seu redor e as que fizeram parte de sua vida. Querendo ou não, somos fruto das relações de interferência ambiental, mas esses movimentos não são lineares (causa e efeito) acontecem de forma caótica. Não somos uma tabula rasa, nem uma folha de papel em branco, mas o que se próxima do ser humano é simples como a água e complexo nas relações de interferência ambiental. Podemos mudar nossa cor de diversas maneiras, nosso formato também se modifica. Somos como água, o vinho, óleo e a gasolina. Somos maleáveis, reagimos mas também assumimos formas e cores que são impostas e geralmente não conseguimos ficar totalmente imunes a essas interferências ambientais.
O calo do teu pé ou a impossibilidade de comprar algo inútil te dói mais do que a fome de outros, do que a morte de milhares, do que a miséria do mundo e o sofrimento de outros seres e isso tem que mudar.
Que o amor exista e resista aos desencontros da vida, menina. Que o teu ouvido e a minha boca se aproximem e entre eles o sussurro da minha voz: meu amor! Que a ternura faça parte do nosso cotidiano e que os dias tenham o sabor das coisas simples/maravilhosamente encantadoras, como tocar a tua mão e segura-la pela primeira vez. E onde esta você menina?