Marcos Filipe
“Deixe-me quieto, por favor. Eu finalmente me peguei sorrindo à toa. Não sei se você pergunta a alguém sobre mim, mas se não pergunta, fique sabendo que eu voltei a sorrir sem que seja por pensar em você. Não vou te esquecer, quer dizer, bem que eu queria, mas já desisti de lutar contra isso. Mas também não vou te lembrar. Talvez eu até lembre, mas com certeza será quando alguém perguntar ou mencionar seu nome. Mas repito que não te esqueço. Te amo, mas não gosto mais de você. Te quero, mas não quero mais te querer. Por favor, deixe-me quieto.”
“Ultimamente venho necessitando tanto de carinho, dessas coisas melosas. Não por gostar de melação e coisas do gênero. Mas é sempre bom nos sentir especial, amado e que de alguma forma em meio a tanta falsidade e palavras sem o menor sentido, existe amor de verdade e pessoas que merecem algum tipo de confiança.”
Mesmo que seja sempre bom ter alguém com quem compartilhar coisas boas ou ruins. Há algumas coisas das quais eu prefiro guardar só comigo.
“Ela gostava de tulipas, mas era alérgica a elas. E por mais que houvessem tantas outras flores em seu jardim, não adiantava, ela sempre se pegava observando e tocando naquele mal que a fazia tão bem.”
“Sabe, Deus, eu nunca fui a melhor pessoa do mundo, nunca fui um exemplo a ser seguido e tão pouco uma pessoa que exala admiração por onde passa. Tenho meus desejos e às vezes penso ser a pessoa mais louca do mundo, no entanto, têm vezes que o mundo é quem parece ser louco demais. Eu já pensei em ser médico, advogado, arquiteto e até astronauta. Já desejei viajar o mundo e até já pensei em fugir de casa (desculpa pai, mãe). Nunca gostei do exagerado, do que geralmente é muito falado, mas de fato, não é feito. Sempre fui contra aos que amam demais, contudo, sempre gostei de amor; de amar. Já amei. Amo, amarei, talvez. Aprendi que não importa o quanto amamos alguém, esse amor nunca vai ser suficiente (para ambos). Aprendi que por mais triste que seja gostar sozinho, não gostar de ninguém chega a ser pior ainda. Eu não sou a melhor pessoa do mundo, entretanto, fazer de tudo para não estar entre os piores já me faz melhor que boa parte dele.”
Apesar do sorriso bonito e do jeito de menina, ela não faz o tipo mocinha e costuma achar graça da própria piada por justamente se enrolar ao contar. Ela é moderna e gosta de coisas velhas, ela é assim, não gosta de nada e gosta de tudo, mesmo que esse tudoem nada faça seu agrado. Ela é assim, não se sabe como nem por onde, só se sabe que por algum lugar e que de alguma maneira. Sarah, ana, luiza. Não se sabe, mas sabemos que nunca saberemos. Ela é assim, apesar de não ser como parece, parece, de alguma maneira, ser.
“Todo mundo é uma ilha
inabitável onde habitam coisas
das quais guardamos para quem naufragar.
todo mundo quer alguém com quem contar
mesmo sem precisar dizer nada.
todo mundo é o mundo todo
em algum momento
apenas querendo
ser o momento de alguém
porém querendo também
ter o seu momento
eterno.
eterno
é
ter
sua mão
entre~laça~da~
com a minha
mesmo
que
por pouco
tempo.
eterno
é ter
no pouco espaço
de tempo
o tempo suficiente
pra queimar minha mente
com o momento
que você
me eternizou.”