Marcelo ULisses
Viva
Rio de Janeiro, 28/12/2013
Pra que pensar em morrer?
Vida e morte andam juntas,
Quando o sol se põe no horizonte,
Dos desejos e devaneios da vida.
Viva a vida mostra a sua luz,
Viva! O sol nasceu novamente,
Viva! diz o menino ao ganhar o presente,
Viva, pois impera o viver,
Viva pois o estado da vida,
Se opõe diariamente ao morrer.
Se o por do sol não vier,
Será o dia um viver?
Pois ao se opor a esta lei para que viva,
Não mais viverá a lei do viver, do ser.
Ser é viver, então viva!
Vida e morte andam juntas, mas...
Pra que pensar em morrer?
Qualidades e Defeitos: todos temos
Defeitos iguais, Defeitos diferentes, Qualidades Iguais, Qualidades diferentes...todos temos.
As qualidades iguais, nos aproximam...
As qualidades diferentes nos diferenciam.
Os defeitos iguais, nos igualam...
e os defeitos diferentes nos impedem de apontarmos os defeitos dos outros.
O Muro
Não vou criticar o muro,
prefiro ficar de um lado,
e não observar pelo furo,
pois decidido e concentrado,
foi eu que escolheu um lado,
sabendo o sofrer do futuro.
Fracasso é tentar se manter,
em cima do muro da vida,
quando em tempo de vencer,
necesitamos escolher,
um lado para a despedida.
O bem e o mau são dois lados,
o muro a terceira opção,
o mau e o muro aliados,
carentes não iluminados,
de amor e de coração.
Simetria da Alegria
Sempre é lançada ao vento
Minha linha para alma sofrida,
Que me invade toda vez que tento
O sorriso de fora para dentro,
E a linha fica esquecida.
Mas, Quando o sofrer invade a vida,
quando a vida se mostra sofrida
Sigo na linha para não perder a amada
O poeta fala da linha do amor e da dor.
Quando a linha da vida assume o comando
O FIM DA LINHA DA VIDA É O FIM DA DOR.
Quando a linha da vida assume o comando?
O poeta fala da linha que liga o amor e a dor?
Sigo na linha para não perder a amada, e
quando a vida se mostra sofrida,
Quando o sofrer invade a vida,
E a linha fica esquecida,
O sorriso de fora para dentro,
Me invade toda vez que tento e
minha linha para alma sofrida,
Sempre é lançada ao vento.
Sociedade do “Eu senhor de Mim Mesmo”
O que falam da sociedade?
Falam como se ela fosse pessoa,
A personificação da vontade coletiva,
Que muitos ao citá-la a deixam incompleta,
O que falam da sociedade,
Falam excluindo o eu.
O que falam sobre o eu?
Falam sobre o eu contido no outro,
Sobre o que o outro deve fazer,
Para satisfazer o meu eu,
Eu? Longe disto. Longe de lançar o eu sobre o tu,
Lançamento de responsabilidades, obrigações,
Lançamento para onde apontam os olhos,
Inclusive para onde apontam os olhos da sociedade,
Esta incluindo-se o eu. Sociedade de todos nós,
Fazemos parte da mesma sociedade e,
As mazelas do mundo são nossa responsabilidade, pois
Direta ou indiretamente contribuímos para o futuro,
Lançamos para o tempo futuro todas as nossas omissões e exageros,
Formando seres mal formados, individualizados e individualistas,
Às vezes excluídos, ás vezes excluindo-se da tal sociedade.
A vontade coletiva corre fragmentada, assinérgica, amoral, dissociada,
Do principio de sociedade, com vontade, social e civilizada. Civilizada?
Como idealizar civilização, civilis, cidade sem objetivos convergentes?
Civilização fragmentada em valores, em conduta moral e ética,
Onde a obrigação transforma-se em ato heroico.
Como inverter esta mão?
Como multiplicar a vontade de desfragmentar a sociedade,
Trazendo-a para mim, para nós, incluindo-nos nas críticas,
Somando valores, contribuindo, posicionando-se,
Dizendo não, saindo de cima do muro, escolhendo o caminho mai estreito? Como?
Vejo ao longe a tal alavanca de evolução da sociedade...
não as guerras que impulsionam a tecnologia,
nem os gênios que desdobram, explicam e replicam suas teorias...
vejo ao longe a alavanca chamada educação... mas ao longe,
assim como os marginais, vejo ao longe... será que estou à margens?
Ou todos estamos, pois na sociedade fragmentada cada um é conjunto...
Conjunto unitário... consciência unitária... anti Weber, anti Dhurkheim, anti sociológica,
Dela resta apenas a lógica, uma lógica unilateral, intravisionária, egocentrista e autoritária,
Que impõe, não soma... enfia, coloca abruptamente seguindo a ciência do eu acho,
do meu primeiro, do eu no centro da minha vontade,
onde o outro é serventia ao meu senhor: eu. E o eu perde a identidade, pois
o “caráter individual que diferencia os seres”, diferencia o que de quem, em uma sociedade
formada pelo eu como conjunto e o seu interior como universo?
Será o tempo realmente uma variável, flexível e não constante?
E os valores onde ficam?
Perdem-se quando passados adiante?
Por quê? Se quem conta um conto acrescenta um ponto,
Que pontos não são acrescentados a moral e aos valores?
Serão os pontos invisíveis, ou cegos estamos, ou míopes?
Miopia moral? Será este o diagnóstico?
E se for, a quem procurar?
O oftalmo, o psicólogo, o psicanalista, o matemático?
Os gregos é que não, pois neste momento desejo um pouco de moral,
mas, não sei se as escolas de Platão, Aristóteles e Sócrates,
ainda poderão entender as equações de Keynes,
Economia, ah não... miopia já me basta..
Na miopia ver pouca moral já é demais!
O Quê do Que Escrevo
Escrevo um pouco do que sei;
Escrevo mais do que vejo;
Metade do que escrevo é o que sinto...
e o que resta sou eu mesmo.
Marcelo ULisses
Sucesso não é uma questão de sorte...mas uma questão de reunir três competências: Ser bom naquilo que faz, em selar novos relacionamentos e em proporcionar o bem maior.
"Alguns falam do gosto amargo da vida...
Amargo não é o gosto, mas a língua do que vê o amargo da vida em tudo o que prova.
Amargo
"Alguns falam do gosto amargo da vida...
Amargo não é o gosto, mas a língua do que vê o amargo da vida em tudo o que prova.
Marcelo ULisses
Amigos
Amigos não são atraídos por suas qualidades, mas por seus defeitos.
Um amigo não enxerga como grandes os defeitos do outro... Para ele não são pequenos, nem grandes, mas toleráveis...
O amor traz a miopia e a admiração a luz que os ofusca.
Soneto da Triste Eleição
Meu país é minha casa,
Minha gente uma nação,
Mas a derrota que me arrasa,
Vem direto ao coração.
O caráter é algo humano,
Sua base é a moral.
Escandaliza a democracia,
o poder imperial!
O seu nome vem de novo,
Em mais uma eleição,
E vem eleito pelo pobre,
Seus problemas não resolve,
O dinheiro manda e move,
O poder de uma da nação.
Soneto da Eleição
Meu país é minha casa,
Minha gente uma nação,
E a alegria nos invade,
Em uma onda de emoção.
Vejo o pobre prosperando,
De comida e esperança,
Até a escola frequentando,
O adulto e a criança.
Nem só de pão vive o povo,
Mas de sonho e pé no chão,
Em quem voto eu resolvo,
E se quiser voto de novo,
O poder sou eu quem movo,
Pois o meu nome é nação.
Um Maço de aço.
Dentro de mim uma discussão:
Faço ou não faço?
Se faço dou um passo,
Senão já ponho um traço
na palavra, no cansaço...
uma pinga outro traço,
volto à massa e mais um traço,
aí me volta o cansaço,
afinal não sou de aço.
Traço o traço e visto trapo,
pausa o traço e pára o passo,
afinal quem tem uma maço?
De cigarro ou de cansaço,
Pois na vida do cangaço,
Homem bom anda descalço,
E no chão a cada paço,
Não aumenta o seu cansaço
De beber um novo traço,
E escrever um novo traço,
E de dizer eu mesmo traço,
De repetir o que eu faço,
E me pergunto faço ou não faço?
Coisa Linda
Quando acordo olho o céu: você
A música toca coisa linda: você,
A brisa me lembra de: você
No meu sonho às vezes vem... você,
Cheiro a flor penso em... você,
Noite cai , só falta você,
As estrelas me fazem lembrar você.
Você... você...você...
Meu doce, meu céu,
Minha flor, meu meu,
Lindo amor tira o seu véu,
E me faz enxergar....você!
Marcelo ULisses
As mais profundas verdades:
gostamos de ouvir, temos medo de falar e vergonha de mudar por receio de doer.
Vida.
Um segundo e se foi.
O lampejo na escuridão.
Um suspiro na imensidão.
Alegria da união.
O final da solidão.
Um segundo e se foi.
Vida.
Frágil no momento que se vai.
Peso quando se tropeça e cai.
Saudades para aquele que não vai.
Uma cena onde se entra e sai.
Um segundo que se foi.
Vida.
Não viver seria uma loucura.
Agradável tê-la com doçura.
Seja ela agradável ou dura.
A vida fere, mas também cura.
Vida.
Um segundo ou eternidade?
É de quem fica ou vai, a saudade?
O tempo dela se mede com idade?
Ou na medida da intensidade?
Vida.
Afinal paremos de conversa,
Pois a vida passa tão depressa.
Não dá tempo de mais uma remessa,
Não voltamos no segundo que se foi.