Marcelo Queiroz

O orgulho é uma cerca de arame farpado que machuca quem está de ambos os lados.

Falta ao ser humano semear a igualdade, perceber as diferenças, mas harmonizar a equação da vida com a dignidade.

Milhares se enfileiram para receber a graça oferecida por homens que se intitulam filhos de uma divina casta. Homens que se dizem representantes do divino, mas onde está o testamento de Deus para este desígnio?

Os homens têm as sementes certas e em boa terra plantam esperança, mas deixam a terra ser contaminada pela ganância e a arrogância.

Declinam pensamentos e ideais no que podem tocar e no que podem conquistar e esquecem que é impossível o coração humano controlar.

Se uma pequena brisa de tolerância soprasse junto à nossa alma e pudesse sussurrar palavras de respeito ao próximo, as canções do criador refletiriam em nossa aura.

Para cada erro seu uma palavra de desculpa, para cada erro meu uma lembrança da minha culpa.

Lembro-me sempre que a dúvida nos faz refletir e a tolice irremediável nos faz ruir.

O silêncio de um amigo dói mais que a investida maldosa de um inimigo.

A vida é o decreto de uma breve passagem e a morte o começo de uma nova vida.

Ter uma vida normal não é viver conforme os preceitos de uma sociedade, mas viver conforme os seus próprios conceitos e verificar que os outros o olham com dignidade.

A vida por vezes perdoa o indeciso, mas nunca o fraco.

Sempre haverá um jogador astuto para lhe dar um cheque mate quando você é um medíocre jogador a brincar com a vida alheia.

Prefiro a companhia de um amigo que aos seus olhos seja estranho, que um parente que haja como se eu fosse um estranho.

A diferença entre o verdadeiro amigo e um irmão é que apenas os pais se diferem.

Abater-se é considerar que o primeiro passo para tornar-se forte já foi dado.

O medo da morte transforma a vida em uma fúnebre existência.

A educação deve cobrir-se com o manto púrpuro da austeridade, mas nunca deixar cingir em sua fronte o diadema do reacionário.

Dentro de ti fui Deus, fora de ti sou o demônio.

Falar de um velho amor é como falar de um vinho, que um dia o embriagou.