Marcelo Calderari Miguel
O amor como um sonho pode começar e como pesadelo também terminar.
Tem poder de redenção: constrói e destrói... É pura tentação ou não!
Por mais que eu tente, eu não consigo encontrar a lógica do amor! Bem, mais do que um sonho a realizar é um caminho de aventuras; um jogo ingrato de se prever.
A lógica do amor é uma sorte e envolve momentos e a ternuras; mais que jogo é gratidão e supra vivência, sentindo tudo no mesmo ritmo o coração se enche de certezas!
Amar é sentir que o coração se enche de certezas: amizade, afeição, desejo, alegria e ternura – situa um eterno querer e apego, um bem alvoroçado desejo, um compasso vivo e intenso de brindar à vida.
A lógica do amor é a sorte de momentos e ternuras; uma trilha que se constrói, edifica, barganha e amplia-se... Cada instante contigo é transformação e sentidos, afetos e saudades, momentos de aventurança!
Amor não se limita, realiza-se como um desejo.
Amadurece com os desastres, desarranja a lógica da vida.
Se amor é grande se diz planeta, se forte, como a natureza.
Se frágil, revela-se como rosa. Diz-se ágil, como raposa.
Ardiloso como o vento, fervente como água.
É impactante como a brisa e ‘verdadeiro’ como duvidas?
Minha vida é como uma estrada na lua
Tem muitas fases e muitas curvas
Tem períodos de brilho e de escuridão
Minha vida é como uma estrada na lua
Por que nela têm declives e crateras, rupturas e fraturas
Ora diz precisar de pontes e reparos
Ora apenas queria ser de cimento e durável...
Minha vida é como uma estrada na lua
É preciso parar, olhar, cuidar, reparar, direcionar esforços
Nessa estrada estacionar não é uma questão singular!
Minha vida é como uma estrada na lua
A estrada é nossa vida, tem buracos e sinas, e nela há a essência amar!
Minha vida é como uma estrada na lua...
Há as cavidades de pequenas dimensões, ora são gigantes e até turvas.
Trago no desencantar de mundo a turbidez de Lucíola e poder de Lakshmi.
A todo momento vejo confins, estorvos e subordinadas orações.
Entre dissabores e amores veja: hasteio bandeiras.
E não são nanicas... Muito é o pano que as alimenta!
Entre nós e as palavras há metal fundente.
Entre nós e as palavras há hélices cortantes e estridentes.
Que fazem renascer mistérios ou segredos gerados no ar.
Que podem dar vida ou com ela acabar.
Entre nós e a cachaça há relações contundentes.
Entre nós e a aguardente há tantas tolices, tagarelices e charlatanices.
Entre nós e a cachaça há relações contundentes.
Entre nós, erguem-se desejos suaves e singelos, de carmesim mancha o mar.
Entres as formigas-picadeiras surgem forte dores, agudas sensações.
Que escalam a garganta e move as paixões, amores.
Tenho em mim uma rede de palavras.
Entre cinco e seis as que mais uso.
Palavras abraçadas e entrelaçadas.
Uma a uma ‘coletadas’ num arranjo bruto.