Marcelo Breda

Em uma ampulheta a voz quase que imperceptível da areia escorrida pela pequena fissura contida no vidro, faz com que os dias passem sem ser perceptíveis aos que não acreditam em si mesmo e se enchem de areia. MARBREDA

No arquétipo das flores a vida se elucida em meio as panes do inimaginável esta aqui. MARBREDA

A rotina é a mais preguiçosa maneira de fazer o homem perder a fé pelo que é digno. MARBREDA

A poesia dos dias se contradiz, com insuperável momento de incapacidade de não poder fazer absolutamente nada pelo inevitável. MARBREDA

Só vejo os dias em que me misturo em meio a multidão, são dias em que sinto me mais feliz... Mas eles consecutivos sugam de mim o ar que não possuo. MARBREDA

Jamais tive a pretensão de ser o dono da verdade. Gosto de ser um espectador da vida, para que eu possa ver as tristezas e as alegrias dos dias dos outros, sem me olhar no espelho. MARBREDA

Não tenho pretensão nem sou desvairado aos olhos alheios, que enxergão razão onde não existe. MARBREDA

Loucura seria deixar a vida se esvairá em areia pelas mãos, mesmo que calejadas do árduo trabalho de viver. MARBREDA

Eu preciso do silêncio nos dias. As noites ouço o respirar dos pássaros a dormirem em sono profundo a espera do sol acordar, para mais um dia de gritarias e palavrões obscenos. MARBREDA

Tocar em algo pode trazer um prazer imensurável, para quem toca um sapo a espera de um príncipe. MARBREDA

Em vez de criticar, faça pose e mostre o significado do digno que és. MARBREDA

Distinto é somente o que não pode subtrair do sensato sabor do natural suco do desejo pelo que é duvidoso. MARBREDA

Um mar de estrelas me faz pensar, a nudez que nutri a flor, que encanta os alhos, como quem espera as pétalas caírem. MARBREDA

Não importo me mais com o que pensam sobre mim, pois cheguei ao cimo de lugar algum.

Dizem que o dinheiro traz felicidades, trás bens materiais, e outro bens, fúteis, que podem ser tocados. MARBREDA

Na fronteira da vida, vi o tempo se esvairá em discórdia do que é numerado aos olhos vis e desnudos da Gentileza. MARBREDA

Tocar uma flor me parece caridade, de obter magia do estar vivo!

A beleza austera do vil sentimento contido, na alma do insensato. MARBREDA

A fatalidade e algo minucioso do ser incompreendido de quem é. MARBREDA

Digno é aquele que não poupa esforços para saber a verdade do que não existe. MARBREDA

Todavia ser mediante aos ensinamento passados, pode então querer passar o que não sabes para os que não intendem. MARBREDA

Neutro, só é aquilo que não existe e por não existir para nos, não quer dizer que não exista. MARBREDA

Seria fácil satisfazer o natural, facilidade não me basta tenho fome do que não intendo. MARBREDA

Não me basta ser gentil, quero que vejas o sol e possa também toca lo. MARBREDA

Incompreendido talvez, mas sigo só, por onde você talvez queria estar. MARBREDA