MARCELLO FIGUEIRA
MOSCAS
Tem dias que acordo e me lembro de ti Florbela,
Como a poetisa portuguesa fazes bem aos meus ouvidos,
Diferentemente da urticária da rede social que me martela,
Pobre martelo dos meus ouvidos, sofre com esse período.
Período nebuloso, que me faz afugentar, nas tuas pernas,
Quando minha têmpora encosta, sinto tuas mãos, em meus cabelos,
Tudo faz sentido, as lembranças mais bucólicas, agora são eternas,
faço, suplico que a voz dada aos muitos seja um inicio dos apelos.
Apelos para que as palavras sejam sempre arte,
Se não acho que muitos poetas vão partir para Marte,
Por uma tela, num papel, tudo banalizado.
Acabou o pensar, imaginar, e agora: escravizado.
Pois, às vezes não consigo entender abreviaturas toscas,
Que fazem os que amam as palavras serem meras moscas.
ESCREVO COM A PENA
Quando se decide esquecer, somos toscos,
Pois no coração o amor é brasa, é fogo,
A memória é como uma imensa bigorna,
A qual despenca e esmiúça toda tentativa,
Não tem como separar o que já veio à tona,
Somos um só, mesmo a saudade tempestiva,
Que dilacera o coração, não, não e não,
É capaz de separar o poeta da sua maior paixão,
E olha! que às vezes se tenta,
Mas não tem jeito, o poeta ama escrever, ama a pena.
CRISTINA
Meu amor, é a simples e linda Cristina,
Simples como uma flor inocente,
Linda como a aurora reluzente,
Minha mais bela alegria, vida minha infinita,
Espero que seja sempre minha Cristina.
RIMAS
Quando leio rimas com somente com verbos,
Vejo o prejuízo de se dar voz a falsos poetas,
Usando e abusando de gerúndios lerdos,
Não são poetas, são pelheriadores patetas.
Para se escrever bem é preciso ler bem,
Então leiamos para que as rimas,
Sejam lindas obras-primas,
Nossa imaginação então irá além.
RIMAS CORRIGIDAS
Quando leio rimas somente com verbos,
Vejo o prejuízo de se dar voz a falsos poetas,
Usando e abusando de gerúndios lerdos,
Não são poetas, são pelheriadores patetas.
Para se escrever bem é preciso ler bem,
Então leiamos para que as rimas,
Sejam lindas obras-primas,
Nossa imaginação então irá além.
MARCELLO FIGUEIRA