Marcello De Gabrielle
O toque da sua mão
Se ao segurar sua mão, te despi,
Ah... não imaginas o que poderia fazer por ti...
E não faça barulho!... Sobre nós.
A não ser que esteja comigo. E a sós!
Siga em frente com tua vida,
Sem pegar em minha mão, ainda que... vestida.
Seus olhos brilharão. Sempre!
A dois, a três ou quatro... Independentemente.
Teu maior castigo...?
Será, para sempre, amar o proibido.
O tempo não te ajudará, nem em pensamento,
A me deixar de lado, nem por esquecimento.
E, se segurando em minha mão, não te controla a libido,
Monitora-te... Para que não se perca, comigo.
E assim... Controlada... Recatada... com o desejo recolhido,
O tempo passará... e você, feliz! Porém tolhida, inibindo.
Agindo, espontaneamente, perde-se! Tem medo!
Recolhendo-se... Sabemos... apenas sufoca... O teu segredo.
E só para ficar registrado, aprender a ficar sem você me custa muito. Anos luz de felicidade que abri mão. E não sei se, lá no fundo, desejo aprender a ficar sem você. Não sei mesmo. Talvez a dor de ficar sem seu toque, sua voz e seu cheiro, seja algo que eu queira para me ajudar a passar meus dias.
Eu te amo mais que tudo
Não consigo me desconectar e talvez não queira.
Todos o dias quando acordo, procuro você ao meu lado. E sinto falta da minha companheira, amiga, amante, parceira de trabalho e de loucuras.
Entendi que encontrar alguém assim não será possível. E nem quero. Você é insubstituível. Ao menos para mim. Sinto sua falta todos os dias. E lidar com essa falta é um exercício supremo de superação. Todos os dias. Não digo para te deixar triste. Estou só falando. Como queria dar um Ctrl-c em você aí em seguida um Crtl-v aqui, já que não posso ter a original. Sinto muito a falta de suas gargalhadas, caretas, sorrisos e olhar brilhante com esses cílios enormes. Não há toque, palavra ou carinho existente que eu possa te encontrar, exceto o seu. O, genuinamente, seu. Aprender a lidar com essa ausência imposta, é algo que usarei um dia ao falar em público para exemplificar verdadeiros desafios da vida e significado de amor. Comentar sobre dor, saudade e paixão. De como é viver com um vazio e contentar-se a acordar todos os dias sem atingir uma plenitude. Servirá como experiência sempre, para dizer aos outros, o que significa amar.
Querer não é poder.
Quem falou isso nunca amou
A quem não se pode ter.
Querer é amar.
Amar, é querer.
Também é respeitar.
É entender!
Cortar de si um pedaço,
Gerar no outro um espaço,
Antes por um ocupado,
E agora, pelo outro usado,
Para que ele possa enxergar.
Dará a devera razão,
De ver que não é pecado.
Causará a reflexão,
Do ter abandonado.
O que se deve fazer?
Depois de tanto separados
Se ainda não nos reconheces
E que há um único caminho traçado,
(No entanto por um só visualizado),
Não se trata de escolha,
É coisa de papel passado!
Pode chamar de destino,
Se assim preferir chamar
E não vai adiantar sumir
Muito menos se calar.
Pois bastará se aproximar
Sentir o cheiro para arrepiar
Tocarem-se... para molhar.
Tudo o que aconteceu
Só serviu para fortalecer.
Podemos ignorar.
Podemos nos enganar.
Abrir mão da vida a dois
E até mesmo nos separar.
De vez.
Mas nada ou ninguém nos fará
Sentirmos como "nós", outra vez."