Marcele Oliveira
Quando se demora começar a ler
O jeito é, pra compensar, escrever
Para o coração de uma amiga alegrar
E dos seus escritos poder testemunhar
Nossa amizade começou na flor da idade
Bem nos tempos da faculdade
Na UFG nós estudávamos
Mas ganhar o mundo almejávamos
O tempo rápido passou
E o destino nos distanciou
Mas a vida tratou de nos aproximar
Quando do forno saiu Au Noir
A leitura muito me doeu
Sabendo o que lhe aconteceu
Um misto de tristeza e alegria
Sem bem definir o que me ocorria
A alegria era de orgulho
Au Noir é um verdadeiro mergulho
Para as suas memórias, querida escritora
Você sempre terá uma fiel leitora
En Blanc veio sem demorar
Eu logo quis sem titubear
Qual seria agora a faceta da amiga minha?
Li, Lili, Eli, Eliane ou Elianinha?
Demorando estava a leitura
Minha amiga já na maior frescura
Este poema eu escrevia em gratidão
E ela achando que recebia um sonoro não
En Blanc é como Au Noir
De qualquer um capaz de tirar o ar
Histórias que tocam a alma
Impossível não devorar e ler com calma
É envolvente e não passa em branco
É mesmo um verdadeiro encanto
É sincero e também louco
Impossível não ficar confusa um pouco
É leve, mas também denso
Muito suave, porém intenso
Faz chorar e faz sorrir
Dá vontade de ficar e de partir
O que tenho a lhe dizer, amiga querida
É que seus livros impactam, dos leitores, a vida
Melhor é saber que é sua história
Eu a guardarei pra sempre na memória
Au Noir, En Blanc e outro tanto
Lerei todos sempre com o mesmo encanto
Impossível por seus livros não se apaixonar
O que você escreve nos faz viajar
En rose espero que sempre fique
E que nessa estrada se solidifique
Todos os dias "au Petit bonheur la chance"
Férias, Europa, estrada e romance
Deus preserve essa capacidade
E que ela só melhore com a idade
Que dias en blanc sejam constantes
E que nunca lhe falte maravilhosos instantes
Continue a viajar
Para com suas histórias nos animar
Que seja sempre cheia de inspiração
E que a Ele entregue sua gratidão