Marcela Benites
Mente sã
Mente aberta
Mente livre
Mente que nem sente
Virou a cabeça
Era só impressão
Não queria amar
Só queria ilusão
Era pavio
Que ascendia e apagava
Era noite serena
Vazio na estrada
Insistiu que era verdade
Aquilo que provou ser vaidade
No peito a dor
Do que não se formou
Limitado ao seu ego
Perdeu a vez
De ser quem sabe
O mais feliz freguês...
Declare-se quem és,
quem sabe assim morrerás,
não pela boca,
não pela espada,
mas pelo amor.
Declare-se a ti mesmo
Um amor que não merece
Ser poupado ou esquecido
Declare-se à Deus
Que te criou
Com infinitas habilidades
E com o dom de viver
Declare-se aos seus amigos
Que lutam e choram
com você
E te emprestam um ombro
Mas, declare-se mesmo
Ao amor que te transcende
Que tira o fôlego
Tira do chão
Tira o mundo
E no final restam apenas
Dois.