Maquiavel
Maquiavel nasceu em Florença, Itália, no dia 03 de maio de 1469. Desde jovem esteve interessado nos problemas de seu tempo, participou ativamente da política de Florença. Com 29 anos tornou-se secretário da Segunda Chancelaria, uma espécie de ministério, da República de Florença, durante o governo de Piero Soderini. Tinha a seu cargo questões militares e de ordem interna. Realizou várias missões diplomáticas.
Em 1512, a família dos Médicis recupera o poder perdido em 1494, quando se constituíra a república florentina. Destituído do seu cargo, recolhe-se ao exílio voluntário, numa propriedade próxima a San Casciano, no campo, e inicia sua atividade de escritor político e historiador. Em 1913 começa a trabalhar nos "Discursos" sobre a primeira década de Tito Lívio, uma análise da República Romana.
Nesse mesmo ano, interrompe a elaboração dos Discursos e começa sua obra maior “O Príncipe”, dedicada a Lourenço de Médicis, antigo governante de Florença. Nela estão contidas as regras para a formação e a conservação dos principados, o papel do governante supremo – o príncipe – sua capacidade de manter-se no poder por recursos políticos ou pela força.
Todo seu trabalho visava a Itália, e o importante era realizar o desejado projeto, sob qualquer forma de governo – monarquia ou república. Maquiavel considerava os fatores morais, religiosos e econômicos que operavam na sociedade como forças que um governante hábil poderia e deveria utilizar para construir um estado nacional forte. Legítimo seria um governo que realizasse a aspiração do povo.
Escreveu, entre outras obras, “A Arte da Guerra” (1520) e “A História de Florença” (1520), obra que deixou incompleta. Maquiavel morreu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527, sem ver seu sonho realizado: a unificação política da Itália, o que só ocorreu no século XIX.