Magna Macêdo f
A princípio quando aceitamos a Jesus e passamos a viver o primeiro amor, a nossa primeira ação é querer compartilhar-lo com às pessoas que mais amamos e até mesmo com o mundo, a imensa felicidade que sentimos. É como se dissermos as pessoas: -Olha encontrei muito mais que o ouro no final do arco-íris, encontrei a fonte da VIDA ETERNA. Venha e você terá também, vamos compartilhar o AMOR de Cristo e juntos seremos GIGANTES.
Mas o que acontece com o passar do tempo é que as pessoas que amamos se afastam, até mesmo os membros da nossa congregação. E o mar de rosas antes vividos, passam a ser espinhos. Espinhos este que ferem muito mais que o corpo, ferem a alma porque vem de quem jamais esperávamos, vem de quem amamos. O que nos resta, é apenas solidão. E quanto mais tentamos nos aproximar das pessoas, mais elas se afastam. Mesmo que elas não saibam/ percebam, elas deixam feridas e algumas delas são tão amargas e profundas que doem profundamente a alma.
Sabemos que a nossa caminhada com Cristo não é fácil,e enquanto aqui estivermos não será. Mas é revigorante! Revigorante pois quando de fato o deixamos Ele ser o Nosso Senhor, passamos a ter por amiga a sabedoria que guia os nossos passos. Porém, o que muitas das vezes acontece no início e durante a nossa caminhada, é termos o pensamento: AGORA ACABOU, EU SOU DE CRISTO E NADA ME ATINGE. O que não é bem assim na prática. Não somos avisados quando aceitamos a Jesus, que os problemas teremos de enfrentar, só que a única diferença e a principal é que ELE SEMPRE ESTARÁ CONOSCO. É como a sua palavra diz: Tende bom ânimo, pois EU venci o mundo! Só que enfrentar os problemas não é fácil e a sensação que temos quando a fé está abalada é que eles são muito mais difíceis do que antes… Então, o amor que um dia antes tão ávido em nós se esfria, e vamos nos endurecendo pouco a pouco por dentro, ao ponto de transparecer pra fora.
As tribulações, tempestades veem com força e que FORÇA... até mais forte de quando não éramos do Senhor (um triste pensamento que temos). A verdade é que em vez de nos agarramos ainda mais a Ele, como um filho ingrato, passamos a querer culpa-lo (de forma inconsciente ou não inconsciente) pela situação que estamos passando. E o acusamos de ter nos abandonado. As nossas orações passam antes tão amáveis e prazerosas passam a ser um tormento. É como se disséssemos a Cristo que o seu sofrimento no calvário não foi suficiente.
Com tudo isso, chega a um ponto que o simples fato de ir a igreja começa a não fazer sentido, então, começamos pouco a pouco a nos afastar de todos e principalmente de Deus. Passamos a agir como Pedro um dia fizera com Jesus: Negando-o nas mais diversas situações.
Mas sabe, com o passar do tempo, estando ainda ou não na casa do Pai, mesmo tendo nos afastado dEle e “esquecido” de todas as maravilhosas experiências vividas com Ele...
Existe algo que começa o nos incomodar e a inquietar a alma. Isso acontece com todos que já andaram ao lado dEle, pois a essência do Senhor fica em nós marcada. Por mais que não aceitamos, e cheguemos a pensar a não sermos merecedores do seu amor. O Senhor sempre nos mostrará de alguma forma, que sempre estará de braços abertos para nós receber de volta independente do estado.
Sei que não é fácil, mas que disse que seria? É difícil voltar ao primeiro amor em Cristo? É possível voltar a sentir a chama do Espírito Santo ardendo outra vez no peito? A resposta: - É! Muito difícil, mas quero te dizer filho(a) que não é impossível! Pois sabemos que quem deixar de viver o extraordinário com DEUS, a verdade é que fica um vazio enorme na alma e embora procure o preencher de outras formas… Saiba que o Senhor de alguma forma sempre o fará lembrar deste amor. Sempre te mostrará o caminho em que deves estar! Pois a Ele não importa o que tenhamos feito, não importa o tamanho da ferida que alguém tenha nos causado. Ele sempre estará presente, basta queremos. O ponto de partida? É reconhecer que sem Ele nada tem sentido. E deixar-Lo ser novamente o centro, o dono do nosso viver!
Parece até fácil falar, mas sei que não é! Principalmente quando vários questionamentos passam a inquietar a nossa alma. Quando as lágrimas falam mais alto do que qualquer palavra (até mesmo por aquelas não ditas).
O que não devemos é deixar a culpa, o receio, a angústia, o medo nos dominar, as desculpas fazerem parte de nós. A começar a pensar que o Senhor não nos aceitará por ter falhado com Ele… Engano nosso, pois como ovelhas que haviam se perdido no caminho, SOMOS TRAZIDOS DE VOLTA AO PAI.
Escondi minha dor...
Não por orgulho ou vaidade,
Não por medo de mostrar meus sentimentos,
Não porque eu queria parecer mais forte,
Não por expressar ainda que meio ás lágrimas a dor que me dilacerava por dentro...
Escondi minha dor como uma espécie de escudo,
Escondi porque chega um momento que as pessoas cansam de vê você sofrer e acham com o passar do tempo que é mera "frescura" sua continuar a sofrer.
Escondi minha dor para sentir e externar-la quando estiver sozinha. Sem que haja o olhar das pessoas condenando o que sinto e não consigo esconder.