Magirah Morais
Entre a sombra do teus olhos
De algum jeito avistei a tua alma
Sombria
Teu amor doente
Choro recorrente
Alma incerta e vazia e vaga e obscura
Ao mesmo tempo tão pura
Que é cura para a vida
Que almeja ser vivida
Vivida com liberdade
E sinceridade
Como posso amar algo que nunca me pertenceu
Onde a ilusão do amor sempre prevaleceu
Talvez isso não nuncaaconteceu
Lembro-me dos momentos que passamos juntos
Como droga me viciei
Nas lembranças do teu amor
Que nunca me pertenceu
Você costumava me conhecer
Me fez arrepender
De tentar te compreender
Fomos como as flores
Ciclos
Mais ainda como ciclos uma hora tem de acabar
E novamente se reencontrar e recomeçar
A dor que mora em meu peito
Me transformar em um erro
Da conversa mal resolvida
Das palavras que foram ditas
Que não podem ser desditas
Como você se tornou meu porto de dor?
Onde antes só tinha o seu amor
O meu lar seguro
Seu colo
Onde durmo
Mais quando eu mais precisei não tive o seu consolo
No seu amor turvo
Na intensidade das tuas carícias
Sobre o breu da noite escura
Onde só a chama do momento nos aquecia
Momento em que ambos se entregaram
Corações e almas
Corpos juntos como um só
Amores e traições
Somos causa perdida
Nós amamos e odiamos na mesma intensidade
Me perdi no seu amor
De certo as coisas e dores sempre passam
Mais porquê você sempre volta?
No fim de mais um ciclo fico só com a dor
É do seu "amor"
Que destrói e entorpece
A minha alma
Da forma mais doce e profunda
Tenho chegado a conclusão que eu tenha a tal da dependência emocional.
Não tenho um lar
Não vejo o mar
Não consigo mais cantar
Nem amar
Não te tenho mas nos meus braços
Não sinto mais o calor do teu corpo
Te adimiro agora de longe no orto
Quero um amor
Para parar com toda essa dor
Que você me causou
Com todo o caos
Que você bagunçou e não arrumou
De longe o vejo
Com sentimentos indescritíveis
Me perco mas memórias e nos abraços que me deu
De alguém que nunca foi apenas meu
Do amor que não é mais meu
Das memórias que vivemos
E das que não aconteceram