Magaiver W.
As vezes o sopro de uma simples palavra, pode ser capaz de derrubar os muros da mais forte das fortalezas.
Confessamos todos os nossos crimes a um reflexo insano, depois cuspimos nele então o quebramos.Criamos grandes heróis, e depois os matamos.Vivemos esse romance russo ano apos ano.
Morda a mão que te alimenta, morda a mão que te faz sangrar.Olhe bem dentro de meus olhos, há um corte em sua garganta.
Eis aqui o último bar,
o último gole da última dose,
a última saideira.
Eis aqui o último bar
onde todos nós iremos terminar.
Cedo ou tarde
em meio a uma floresta silenciosa,
embriagados com flores e terra úmida.
Embalsamados com cera de velas
e águas salobras,
que insistem em correr como os rios,
e transbordarem pelas margens das triste esferas.
Pelas janelas da alma.
(Poema: Drink com os vermes)
A noite me convida para dançar,
logo logo estarei dentro dela...
carnes embriagadas
protegidas pelos olhares
do sol da madrugada,
eis me aqui a sua espera.
Leve meu cadaver consigo,
enterre meus ossos
em teu formuloso abrigo.
Deixem que eles falem por nós,
somente dessa vez, e nada mais.
Esqueça os passos, os compassos,
nada disso importa agora
apenas seus traços...
Eu assumo tudo que falo,
e eu falo e faço.
Eu não sou nenhum palhaço,
eu não me escondo
atrás das cortinas de um palco...
Eu imploviso,
eu vou pela emoção do momento
sem essa de ensaios
ou limite de tempo...
Não é mecânico,
é sempre inesperado.
Depende do momento exato,
até mesmo para um beijo roubado.
Você sabe, você já deve ter vivido
ao menos uma vez na vida.
Você deve saber que as vezes
estravazar com tudo
pode ser a melhor saída...
Então viva,
viva como se esse momento
fosse o ultimo de sua vida.
Sorria, não se sinta extranho
muito menos se sinta intimidado
com os olhares tortos que te cercam.
Ahh, "eu sou responsavel
pelo que eu falo,
não pelo que vocês interpletam.
Quando damos inicio a uma rebelião interior dentro de nós, nos tornamos automaticamente vencedores pois o unico modo de sairmos derrotados é não a iniciando.
Corpos nús dançam em meio a foresta de cobalto
procurando sua sede saciar,
ela veio me levar.
Não há como escapar.
O sol da meia noite surge por entre as árvores,
sua voz me leva aquele lugar,
então eu me tórno mais uma vítima.
O perfume das ninfos me enbriaga.
Mãos gélidas, corpos trêmulos,
meu corpo encontra abrigo dentro do seu.
Nenhuma poesia poderia explicar.
Sua lingua em meu ouvido,
susurrando sáliva reescreve meu destino.
Minhas mãos, suas curvas
por onde eu quero viajar.
Seu sorriso me devora,
qual o segredo do seu olhar?
'A TERRA E A CARNE'
"A vida é um fio por entre ois dedos,
escapasse o fio se perdeo-se o tempo."
Tic-tac o relógio bate
Tic-tac o relógio insiste em soar.
A morte é certa.
Morte suave, morte violenta,
anunciada, inesperada,
tanto faz nunca é desejada.
Feche os olhos, deixe que a terra engula a carne,
deixe que a terra finalize o trabalho.
Ouça o marchar das pás
cobrindo você com seu último abrigo,
sua última casa.
O despertar dos relógios anunciam
o fim do espetáculo.
Não há mais atores a atuar
nem mais mãos a apraudir,
apenas rosas a perfumar o ar,
apenas terra anunciando o fim.
Senta-se em sua cadeira de arames e retalhos,
fechas os olhos com pezar
com intuito de sua tristeza escapar,
a quem você quer enganar?
Não minta pra si mesma,
não diga que eu estou errado,
não feche os olhos
só para parecer mais fácil.
Os ponteiros do relógio
apontados como flechas
sobre nossas cabeças,
o tempo nos condena,
não há como escapar...
Uivos desertos, trêmulos incertos,
sobre a luz da noite
vagueiam por ai como insetos.
Nos devoram, nos condenam,
é o peso da carne sobre o medo e o arrependimento.
Olhares, bochejos,
é o peso da culpa sobre o insano desejo...
Saiba ouvir o silêncio,
saiba enxergar em meio a escuridão.
Saiba apreciar a beleza
de um quadro em branco,
saiba ouvir seu coração.
Tente ver com outros olhos,
tente ouvir com outros ouvidos,
tente saborear com novas linguás, tente!
Tantos olhares,
tantos corpos a se misturarem,
tantas dúvidas,
tantas curvas.
Tantos caminhos a percorrer,
tantos destinos a se cruzarem, porque?
Dentro dela eu quero me esconder
mas dê que?
Eu simplesmente não sei!
Perambulamos pela noite,
misturamos as cores,
dividimos as mesmas dores.
Somos todos grandes atores.
Iludidos, embriagados,
alucinados pelo sol da madrugada.
Apenas mais um sonho infântiu,
não nos resta mais nada.
Apenas chorar pelos cantos,
compartilhando nossos plantos.
Há saudades vázias
espalhadas pelo chão,
nada mais do que mera ilusão.
Ah se eu pudesse mudar algo,
nem que fosse uma árvore de lugar.
Talvez assim a vida parecese menos dura...
"Animais" dirigindo charretes motorizadas e governando nações.Isso me parece tão irrelevante quanto mórbido.
Para frente e para traz
frenético cortador de grama,
minha mente se esvaira pelo ar.
Suas coxas aquecem meu corpo
enquanto desliso dentro dela.
Para frente e para traz
frenético cortador de grama,
eis o inferno da alma.
Sobre uma meia luz
eu quero desvenda-lá...
Garrafas vazias
coragens baratas,
noites em claro.
Minha face no espelho,
olhar vázio
como de um palhaço assustado
de sorriso quebrado
ou de qualquer outro prisioneiro.
Cansado e atormentado
por seu passado.
Tudo isso me atormenta.
Poesias escritas em um gardanapo
levemente embebecido
em vinho barato.
Eu sigo esse dilema.
-meu troféu?
-o peso desse fardo.
Amarga utopia!
Deces pela teia que teces,
embalada por uma insana sinfonia.
Montas em teu cavalo de ferro
que a tantos impérios
veio a esmagar.
Levas consigo
a imagem daquela jovem donzela
que tantos corações
veio a despedaçar.
Emudece te na escuridão,
eis minha glória,
eis minha maldição.
Olhares gélidos
devoraram nossos sonhos,
será que foi tudo em vão?
Espelhos secretos
olhares indiscretos,
frases incertas
verdades abertas.
O que dizer da certeza que não se tem?
O que pensar da verdade que lê convem?
Passos leves para não acordar o sol,
os laços se envouvem
na procura do calor.
Sangue, suor,
prazer e dor.
Eis minha doença
e minha cura,
minha eterna busca
pela doce loucura.
Sonhos ao mar,
corações em garrafas,
o que mais posso pensar?
Uma rosa pode até muchar e morrer mas sua beleza sobreviverá na memoria de quem a conheceu, assim também acontece com os atos de uma pessoa que deixa o nosso mundo.