Machado de Assis
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais importantes da literatura brasileira do século XIX. Escreveu poesia, teatro, crônica, crítica, mas o destaque maior foi no romance e no conto.
Alguns de seus livros, como Helena (1876), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892) e Dom Casmurro (1899) são verdadeiras obras-primas da literatura brasileira.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Livramento, no dia 21 de junho de 1839. Com dez anos ficou órfão de mãe, uma modesta portuguesa e, dois anos depois perdeu o pai, um pintor de paredes.
Não completou os estudos, fez apenas o primário e tornou-se autodidata. Precisou trabalhar para ajudar a madrasta, a lavadeira Maria Inez, vendendo doces e balas.
Ajudando na igreja, recebia aulas de latim com o padre Silveira Sarmento. Na padaria de Madame Gallot aprendia francês. Com 15 anos já ensaiava suas primeiras poesias.
Carreira literária
Machado de Assis foi aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional e um ano depois, em 1855, publicou a poesia “Ela”, no jornal A Marmota Fluminense. Logo, estava colaborando com diversos jornais.
Em 1858, Machado de Assis ingressou no Correio-Mercantil, como revisor de provas. Por volta de 1860, com 20 anos, já frequentava os círculos literários e jornalísticos do Rio de Janeiro. Em 1864 publicou seu primeiro livro “Crisálidas”, uma coletânea de poemas.
Em 1869 casou-se com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais que lhe apresentou aos clássicos lusitanos e ingleses. Ajudou-o como revisora de seus livros e como enfermeira, pois Machado era epilético.
Seu primeiro livro de contos “Contos Fluminenses” (1870) e seu primeiro romance, “Ressurreição” (1872), sedimentaram a imagem de um escritor que usava muito bem a língua portuguesa e que preferia os relatos psicológicos às narrativas de ação constante.
Paralelamente à carreira literária, Machado de Assis exerceu vários cargos públicos, chegando a Diretor Geral do Ministério da Viação e Obras Públicas.
Sem muita dificuldade, Machado de Assis se impôs e era admirado pelos leitores e festejado pelos críticos, o que o ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras, em 1896, sendo eleito seu primeiro presidente.
Obras de Machado de Assis
Tendo se dedicado a quase todos os gêneros literários, escreveu mais de 50 obras, com destaque para os romances e contos, entre eles:
- A Mão e a Luva (1874)
- Helena (1876)
- Iaiá Garcia (1878)
- Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
- Quincas Borba (1891)
- Dom Casmurro (1899)
- Esaú e Jacó (1904)
- Memorial de Aires (1908, escrito após a morte de Carolina)
Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Rui Barbosa, um dos juristas mais aplaudidos da época, fez um discurso de despedida com elogios ao homem e escritor.