M.C
Ou sou a perfeição, ou uma pessoa normal. Mas quem eu sou de verdade? Será que eu acordo de manhã do jeito certo? será que as escolhas que faço me trazem paz? ora, já não basta o mundo ser estúpido quase todos os dias, ainda tenho que dar satisfação pra mim mesma sem saber quem sou. O que você espera de mim? minha felicidade ou suas vontades? Não sou um fantoche e já estou cheia de amarras ao redor, cheia de solidão e amargura. O único remédio capaz de me curar, acredite, não é Deus. Nem Zeus ou Alá, é simplesmente, eu.
As vezes os sonhos não são pra acontecer. Nos vemos tão cegos de felicidade que esquecemos que a realidade machuca muito. As vezes é estúpido tentar, é estúpido continuar sabendo que não vai dar certo. Mas a ponta de esperança continua...um dia quem sabe, em outra realidade, num mundo mais distante que o meu, eu não seria mais feliz? Só não quero estar presa nesse lugar, na periferia do mundo, sabendo que tem tanto para aprender e descobrir! A insatisfação chega rápido, me arrastando para uma vida como a dos outros que não sei, talvez me faça ou não feliz, isso só o futuro quem diga, só queria sair dessa vida. Tocar o coração de alguém, viver algo que pra mim é pleno, que me traga amor. Digo, curtir à vida ao meu modo, ter amigos de verdade de uma vez por todas. Mas infelizmente, estou condenada a seguir o mesmo caminho. O caminho da minha avó, ou da minha mãe, e o de todos ao meu redor. Não possuo dinheiro para fugir ou para tentar em outro lugar. Então só o que me resta, é aceitar.
Você tanto me amou
E me ensinou
Agora partiu
E deixou um vazio
Sem você
Não consigo entender
Como posso viver.
Essa tristeza dentro
De mim nunca terá fim
Sonhos
Não preciso fechar os
Meus olhos para sonhar
Apenas abro minha
Mente e começo
A imaginar
Não preciso deitar
E dormir para
Que os sonhos
Venham até mim
Eu só me levanto
E sigo, e todos
Os meus sonhos
Eu conquisto
Naquele instante minha alma sussurrou baixinho.
O que meus olhos curiosos, não conseguiam decifrar.
Não era a primeira vez que eu via aquele sorriso.
Não era a primeira vez que eu me apaixonava por aquele olhar.
Eu só estava reencontrando a mulher que eu amei em algum lugar do passado.
Uma vez me foi dito ou eu disse a mim mesma que eu tinha talentos. Cresci e descobri que na verdade não tenho nenhum. Me foi afirmada grande beleza, mas não chego nem perto dos padrões por aí dispersos. Gostaria de ser alguém com alguma dádiva única, espírito rico de esperanças e de boas novas, mas aparentemente quem mora em baixo do meu teto sou só eu mesmo. A boa e velha eu, escondida sob um cobetor xadrez, em frente a fogueira. Que não tem tanta inteligência, grandes habilidades e talvez algum senso de moral. E apesar de tudo isso, e de não ser nada demais, eu sou a pessoa mais feliz que eu conheço.