Lydia Lopez
Dentro de mim existe essa esperança que não morre, já sufoqueia com o travesseiro, já a atirei do precipício, já a lancei ao mar, já a joguei na lareira, mas ela é uma fênix, ressurge ainda mais forte.
Quero teu bem, por favor, acredite em mim, não estou jogando maus fluídos no seu romance, mas você nasceu pra mim.
Eu vejo vocês, e meu coração se parte em dois, três, quatro, mil pedacinhos incolavéis, quando termino de juntar cada um, traço um novo caminho para longe de você, mas você sempre aparece, como uma praga no velho Egito.
Tento recriar um novo eu, gostar de coisas novas, e quando vejo você também teve a mesma ideia. É como se nossos pensamentos estivem interligados, o que eu quero, você também quer e ao mesmo tempo, e então nos esbarramos.
Fica difícil matar um sentimento imortal, já tentei te ver como estrela, como artista, como amigo, como vizinho, mas meu coração diz que és o meu amor.
Você tem uma venda sobre os olhos, uma cenda morena e bronzeada, com sorriso largo e risada frouxa, você pode até se sentir sozinho estando com ela, mas ela é o máximo que você pensa que irá conseguir, então se agarra a esse amor, e jura ser para sempre, constrói casa, tem filhos, faz festa, enfeita até o rodapé para que ela passe do lado.
Te quero feliz, mas vejo seus olhos distraídos olhando o nada, um sorrido cansado. Te quero pleno, mas vejo você exibindo-a como uma medalha de bronze.
Tenho medo que ela te ame mesmo, e você a magoe, tenho medo que do seu jeito torto você a ame e ela te magoe, porque olhando daqui é nítido ver que há algo de podre no reino da Dinamarca.