LuzCamaleoa
Coração, deixa de aperreio
Quem te fez tal promessa não trará decepção
Estás preso neste seio, tu não tens mais opção
È amar ou amar, neste mar de devaneios
Do que adianta resistir?
Foste fisgado, capturado, apreendido!
Já se foi aquele tempo
De seres somente amigo
Agora és ciumento, tua vez de insistir.
Sou o que você queria ser
Sou o reflexo de uma mente sã
Um coração inverso ao seu temor
Vou e faço sem me planear
O que tu pensas em fazer
E tende em gorar, gorar, gorar.
Eu só buscarei ser livre do que me tira a paz, mas a minha paz ninguém furta de mim. Eu sou quem a aprisiono.
Meu coração ainda é teu, sabias?
Jamais ele bateu novamente depois de ti
Os dias ventam, e me pergunto: o que houve de errado?
Vivemos pouco, mais sei que tu serás sempre meu amado. És.
Talvez eu não tenha tomado cuidado ao falar ou ao ouvir.
Talvez eu não tenha falado, ou inibido o paladar
O melhor seria ter ouvido, ou ter te deixado falar.
Arrependida jamais, mais sentida com certeza
Hoje ao sentar-me à mesa, lembrei-me do teu beijo.
Era como sobremesa e seus olhos o desejo.
E na madrugada, posso ser eu quem sou
Posso sorrir por nada, sem ninguém para perguntar; porque estas a sorrir?
Posso comer malemolente, sem ninguém para interromper
Posso pensar e refletir, sem sicrano questionar; aonde devo estar ou para onde devo ir.
Posso pensar no que quero, e em quem eu quiser
Me entreter com bobagens, metaforizar a mulher
Esperar a passagem, a madrugada, ou qualquer coisa chegar
Talvez uma miragem que provoque um despertar.