Luly Diniz
Amor que me faz viajar num carrossel
De estrelas num céu enluarado,
Quando em doces carícias me acolhe
Nos braços como uma menina.
Amor você meus faz os dias longos deixa a saudade
A saudade tomar minha mente ao lembrar
A meiguice do teus olhos a me pedir amor.
Ao mapeia meu corpo com mãos eximias me faz
Morder os lábios estremecer o corpo, ri de prazer.
Amor que aquece minhas lembranças me faz
Sonhar nas manhãs quando a brisa entra espalhando
Teu cheiro afogueando meus sentidos...
Amor que é a razão do meu viver.
Luly Diniz.
08/06/15.
O amor é para dar sentido à vida
Para preencher as lacunas do coração.
Não é uma brincadeira de troca-troca
Que só faz magoar e fazer do amor
Uma futilidade...
Luly Diniz.
06/11/14.
Você seria o meu melhor amor
O encanto que faltava na minha
Vida, mas preferiu seguir sem mim...
E eu prefiro estar só a viver com alguém
Tão instável como você.
A solidão muitas vezes é um bem-estar em
Vez de ser um castigo.
05/11/14.
Luly Diniz.
Ando tão ocupada em me doar...
Em ser alguém melhor...
Em sentir a dor do mundo que esqueci
Dar-me um tempinho para chorar as lágrimas
Que estão apertando meu coração...
Luly Diniz.
05/11/14.
Contemplo teu corpo nu
Meus beijos te faz tremer...
Gemer... Suar... Enrijecer...
A luxúria nos domina...
Buscas meus côncavos
Beijo meu sabor nos teus lábios
Nessa gostosa brincadeira
Faço-te meu homem...
Dou minha rosa molhada.
Luly Diniz.
09/07/14.
Quero desvendar teu coração
Invadir todo teu ser...
Beber teu suor sentir teus cheiros...
Dedilhar teu corpo ti encher de prazer
Perder a razão com teus gemidos
Encontrar tua fragilidade manipular
Tuas fantasias entregar meu mar
Luly Diniz.
19/07/14.
PERDOE-ME VIDA URBANA.
Perdoe-me vida urbana Já sofri... Chorei por amor...
Desacreditei na humanidade sempre com pressa
Já me desmanchei ao sentir saudades...
Tantas vezes... Já amei e fui amada, também fui mal-amada.
Agora quero um tempo... Tempo para mim...
Tempo para rever meus conceitos sem que intervenha...
Com as mudanças de tempo com seus desajustes ocasionais
Retirando sonhos roubando a liberdade de viver no silêncio ao
Menos por uns segundos.
Não quero saber se estou certa ou errada no pensar de outras
Pessoas quero mergulhar nas águas límpidas dos mares imaculados.
Ver o nascer do sol ou o despontar majestoso da lua em um silêncio
Consagrado...
Voar livre como uma borboleta por entre as flores silvestres singelas
Nas suas cores variadas.
Quero conhecer o cume da montanha mais alta e, de lá deslumbrar-me
Com a vida, não esta vida que tenho com altos e baixos, mas com a beleza
Que me é dada por DEUS, que você vida não me deixa apreciar...
Ouvir incansavelmente o zumbido das abelhas.
Sua pressa incessível tira o fôlego das pessoas.
Preciso mais uma vez tentar encontrar um amor intenso...
Amor que me faça flutuar sair do chão todas as vezes que ele me tocar.
Mulher que apesar de estar neste seu curso quer muito ser feliz...
Quem sabe possa dar vazão ao fantasioso tendo frenéticos
Sonhos loucos que ainda não consegui viver que estão encravados na
Minha alma pedindo para se libertar...
Então vida para um pouco teu curso para que possamos sentir
A sutil beleza da vida.
Luly Diniz.
28/03/12.
Quando eu morrer, não jogue palavras ao vento,
Não fale nada que não falou enquanto estava presente,
Não me jogue confetes nem serpentinas...
Guarde suas lágrimas para quando estiver com dores...
Lágrimas serão inúteis já que nem ali estou...
Não se jogue sobre meu ataúde clamando minha falta
Será ridículo e sem graça...
Se; quando precisei esses braços estavam cruzados...
Use óculos bem escuros te salvará de verem teu sentir real.
Por mim... Não quero choro nem velas nem sequer a famosa
Fita amarela... (risos).
Basta um caixão estreito desses que não tem alças...
Tão simples como eu... Fores! Deixem-nas vivas...
Morrerão enfeitado o chão em vez de florear o alvorecer...
Porém se algo por me sentires ora a DEUS por mim...
Pois meu espírito vivo e poético vai agradecer...
Beijinhos no ombro e xau...
Luly Diniz.
12/06/14.
Não penso, eu vejo, eu sinto...
Sinto teu riso quente no pescoço,
a me fazer sorrir como a ouvir piada,
de um carnaval de colombinas,
chorosas e apaixonadas por pierrôs
de mentes insensatas
Sinto... Choro; desencantada,
de rosto lavado nunca maquiado,
com gosto de sal na boca desdentada,
no frio da noite do coração deserto.
Esfrego o rosto melecado do beijo abusado
cheirando a farinha com mel; mel azedo!
A chamar em vez de abelhas zangões
para infernizar os infelizes anões...
Sinto tua barba babada, teu cheio de velho
tuas mãos enrugadas a querer meu corpo
felino cheio de curvas; malhado.
Sinto teu suor pegajoso me livro num sopapo.
Sinto o chão do meio dia no meio fio que se senta
a pedir numa palidez cadavérica o pão que sana a fome.
Sinto a raiva queimar no reverso do vento que venta
a engolir o velho tempo que faz seres sem nome.
Sinto e vejo o presidente coçar o saco
comer peru em vez de cuscuz ou rabanada
enquanto o povo é deixado as baratas aos cacos
sem saber onde fica Berlin ou Canadá.
Penso que não dizer nada é covardia... Ser palhaça
num picadeiro podre no meio da praça.
Vejo que aquela cabeça raspada não cursa faculdade
vai pra cadeia pagar por ter caído em desgraça.
Penso que a areia ensolarada é para bronzear o rico.
O povão se deleita na lagoa Rodrigo de feitas
a rir um dos outros feito bestas.
O rico embaixo da tenda com cigarro nas piteiras
o pobre no quadriculado ri triste das suas besteiras.
Luly Diniz.
06/09/16.
EU O MAR.
Quando meu silêncio me gritou nas entranhas,
E vi o reflexo do meu rosto marcado pelos anos
Entendi feliz que não passei pela vida sem viver.
Vivi comendo os dias, varrendo dores, vencendo
Obstáculos, caindo e levantando.
Da janela vi o meu mar; meu porque sempre esteve
Bem ao meu alcance, beijando meus pés, ouvindo meus
Segredos no barulho cúmplice das ondas espumantes.
Agora vejo meu mar diferente de ontem; ontem não vi
As marcas do tempo, não vi que estou tão só quanto Ele.
Porém, não há remorsos, não há desapontamentos...
O tempo passou...
A vida me deu paixões relevantes, risos cheios de todos os sabores...
Não há razão para chorar a solidão...
Entre o barulho das ondas e a aparição espetacular da lua
Eu escrevo meus sonetos expondo ternuras passadas.
...Outra vez tiro os sapatos para sentir a vida da areia,
O beijo das ondas, o cheiro da maresia, a carícia do vento.
Caminho recitando poemas; recordo meus prazeres que ainda
me tiram um sorriso cínico e feliz dos lábios.
As pegadas deixadas? Deixo o vento apagar, são pegadas de
Um homem que dançou na chuva, brincou na lama, riu e chorou
sem sentir vergonha de viver a vida como se não houvesse amanhã.
Luly Diniz.
24/05/17
FINALMENTE A VENDA CAI
Te amei de um modo tão absurdo tão intensamente
Que meu coração estranhou, nunca se deu tanto...
Apreendeu a te amar, e amou profundamente
Por te amar tanto no ato do amor derramei meu pranto
Chorei de alegria por pensar ter encontrado meu par
O homem que ficaria comigo até o fim dos meus dias
Que orei a Deus em noites de solidão para encontrar
No entanto recebi judiação, mangação e ironias...
Só que, esse meu coração é teimoso demais... Quem vai saber!
Tão tolo quanto meu cérebro que insiste em te lembrar
Em preocupar-se com o seu bem estar, coisa de mulher
Que descobriu o modo mais belo de soletrar o verbo amar
Mas, tenho fé que vou aprender a me dar valorizar
Pois, quem muito se humilha tem a forte tendência de ser humilhada
Pisoteada pelo seu suposto amor, que vive na solidão por não amar
Por não ter sabido entender o valor que tem uma mulher apaixonada
Contudo para toda e qualquer história existe um fim
Uma data marcada por Deus para que a verdade seja revelada
Numa palavra dita, numa ingratidão maldita, o princípio do fim
Fim que trará paz para a alma, descano ao coração, a paz desejada.
Meu encanto se foi, parecia ser tudo, no entanto não era nada!
Luly Diniz.
19/10/2021.
DEIXAR DE SER OVELHA PARA SER LOBA.
Todas as vezes que deixei uma lágrima
Rolar pelo meu rosto por ti me causa
Um profundo arrependimento.
Não mereceste sequer um fungado meu,
Quiçá as lágrimas que me foi doada por Deus.
Amei... Me agarrei a ti como um naufrago a
Uma taboa que flutua num mar de tormenta.
Entreguei os meus dias de juventude e vigor.
Por ti deixei de pensar em mim...
Vivi quase cega por tantos anos que perdi a conta...
Hoje quero viver e amar quem me valoriza e me ama.
Nada de amar por dois, um coração não pode amar
Por duas pessoas.
O amor é entrega mútua.
Vou me dar inteira, mas recebendo na mesma medida.
Não sou mais uma ovelha mansa e passiva, sou uma loba!
CONFLITO...
Não sei se alguém vai entender
Essa dualidade que há em mim.
Ser ardente como mulher,
E ter uma criança em mim,
Que sonha com fadas madrinhas,
Tem medo do bicho-papão...
Ao escrever com olhos em lágrimas
Tento entender esse pequeno coração,
Que sofre por quem não conhece
Ama gente que desconhece
Suspira por amor ao por do sol,
E a noite geme no lençol.
Menina e mulher se confrontando
Profissional enfrentando desafios
Mãe amorosa rindo e chorando,
E a vida vai correndo como os rios
Desviando obstáculos seguindo seu
Longo caminho para o mar.
Bem... Essa luta é só minha
Ser menina, ser mulher...
Ser princesa rainha...
Ser guerreira...
Viver a menina...
Desvendar a mulher.
TOCA-ME ME FAZ FERVER...
Toca-me!
Sente o amor frenético
Movido pela intensa paixão
Que retumba noite e dia no meu peito.
Toca-me
Degusta meu suor doce de amor
Aprecia a maçã do pecado me enfeitiça
Põe poema na língua ao me beijar.
Despe minhas roupas com teus dentes
Explora cada centímetro do meu corpo
Com olhos de lince...
Ataca-me!
Como uma fera atrás da fêmea no cio...
Leva-me ao extremo prazer num toque
Pois cada toque teu me faz perder
A noção do que é certo e errado.
Vamos juntos conhecer a plenitude
Da insana paixão.
Luly Diniz.
ACREDITAR TUDO É POSSÍVEL
Há sempre tempo para um recomeço
Quando escuto meu coração sorrir
Ao ouvir o riacho cantar no regaço
Na simplicidade de continuar a seguir
Recomeçar mesmo entre lágrimas
Que podem ser doces ou salgadas
Sem estarem sujeitas a serem julgadas
Por quem nunca chorou amor ou magoas
Poder adentar afoita no verbo amar
Deixar-se guiar pelo frescor das manhãs
Brilhar mesmo nos dias que chuviscar
Apreciar com o espírito as coisas vãs
Lembrar das canções que recordam o amor
Em calmaria nas águas da vida desafiando a dor
Abrindo sonhos num simples cair de folhas
Aceitando sem pressa suas escolhas
Estar pronto começar livre de rancores
Tendo no peito a esperança de felicidade
Nas cores do arco-íris que enfeita horizontes
Sem cobrar pelo espetáculo visto das pontes
Recomeçar sem medo de ralar o joelho
Curtir a solidão sabendo se bastar
Encontrar paz no perdão do amor velho
Que se foi ter a chance do último toque do abraçar
Naquele lindo sonho de amor principiado a beira mar
Luly Diniz.
18/07/2022.
Olá papai!
Mais um ano se foi... Neste dia específico
Tua ausência se faz mais sentida, mais presente.
Sinto falta de ver teus olhos verde mar olhando
Tudo ao redor dando graças a Deus por tanta beleza.
Recordar fere meu coração como um punhal,
A dor divide o meu peito em dois; de um lado
Há uma grande tristeza, do outro, a alegria e honra,
Por ter estado ao teu lado por longos anos como filha.
Ainda assimilo teus ensinamentos, tua fala cheia de dizeres
Sobre retidão de caráter, bondade; além do português
Perfeito aprendido no seminário.
Ah! Quanto orgulho deixou no meu coração.
_Aí no céu lembra-se das nossas risadas, das piadas
Contadas ao pé do ouvido, da nossa cumplicidade,
Das manhãs que aparava tuas negras sobrancelhas,
Que só a mim (tão pequena), confiava?
Ah! Pai, obrigada por me educar, por estar comigo,
Desde meu nascer complicado, pelo apoio quando
Nascida de seis meses optasse pela minha vida,
Junto com meu querido e inesquecível vovô.
Sei que se estivesse aqui neste plano estaria comigo
Me dando um abraço, me colocando no ombro
Quando quisesse chorar, sinto falta de tudo...
Ouso pedir que aí junto do Pai interceda por mim,
Pois ainda preciso de ti; todos os dias...
Não te esqueço nas orações, na alma, no coração;
Te amo pai.
Luly Diniz
14/08/2022.