Luiz Teixeira
Dos tribunais, ledo engano, não emana justiça, por certo cobiça, mais certo ainda, vaidade, e no fim do rito, o rico impune e aclamado, o pobre maldito e o povo vendado...
O ARMA DO CRIME...
Ao puxar a arma, armou-se de ira e valentia,
Porém, e sempre existe um porém,
A batalha era de ideias, pobre criatura,
Vendo então que suas bravatas não tinham serventia,
Apelou para deuses de falsos pregadores, lástima,
Também os deuses eram falsos, simples mercadoria,
Tentou o ódio, tentou a falsidade...
Acabou vítima da própria idolatria.
Razões indecentes enfeitam as paredes dos palácios,
Onde injustiças queimam em castiçais,
Enquanto dorme a Justiça, cega e vil
Na seda de uma Sodoma bestial.
- Por fora, ouro e essência, por dentro, reles canil.
Toda a valentia, a violência e a estupidez trazem na sua origem a covardia e são usadas como máscara para que o sujeito ao menos consiga tolerar a si próprio.
Diferença nunca foi defeito, outro olhar sobre isso é preconceito, e se não der pra ser amor, que seja ao menos, respeito.
Sabe tudo aquilo que a inveja falou de mim? Era mentira. Sabe tudo aquilo que ela não falou? Era verdade.
A PONTE...
A poesia não vem do outro, do mundo,
ou de qualquer coisa que exista.
A poesia está onde não há nada.
A poesia é o mundo a ser inventado
e o sentimento sendo reescrito, experimentado.
A poesia nasce e cresce em lugar sem nome,
em um verbo desmiolado.
A poesia é apenas de tudo, o outro lado.
PRÓLOGO...
Queria ter a energia da juventude
e a sabedoria de um ancião,
mas estou no meio do nada,
bagagem pesada,
um tanto de estrada
e pequenas partes do coração