LUILSON GOMES PEIXOTO
AO AMOR
Por onde tens andado, oh meu amor?
Por desertos áridos e caminhos trépidos,
Quando alguém, de ti mais precisou?
Tu, oh! Meu amor estava em oculto.
O que tens feito do tempo?
Há quem precise de amor,
Meu amor tem se negado e sido omisso,
Não amou quem deveria ser amado,
Não consolou quem estava desesperado,
Não suportou a dor daquele que sofria.
Onde tu estás, oh! Meu amor,
O que houve com todas tuas qualidades,
E agora meu amor?
O tempo passou,
As coisas mudaram,
E aquele que estava ao lado sentiu,
Ao que estava distante não viu,
Portanto é preciso saber...
Amar, dar amor e ser amado,
Viver intensamente a vida,
Sem nunca negar amor ao próximo,
E amar a Deus sobre todas as coisas.
È preciso, que exista AMOR,
Dentro de mim, dentro de você.
ACONCHEGO
A noite é um manto,
Escuro e tenso.
De uma passagem morta e infinita,
E as palavras roucas, já não valem mais.
Quando querem pensar,
Que a mente fria e obscura,
Varre-te os pensamentos.
Porque teus olhos passam,
A ser alvo na mira,
De outros olhos.
Os lábios são convidativos,
Sem concitar o corpo,
A lua é pequena,
Num céu sem estrelas.
A aragem é fria,
O aconchego é da própria pele,
Que trêmula e rebuscada,
Corrói de um poro a outro.