Luigi Bortoloto
Difícil de Responder
Algo que é difícil de entender
É compreender o porquê
Saber que podemos morrer
Sem saber como viver.
O difícil é continuar
E pensar sobre o porquê
A demora para acabar
Tantas vida a perder.
Será difícil de aceitar
E de responder o porquê
Basta apenas recomeçar
Com um motivo para viver
Sentimentos Atômicos
Ouço assobios vindo do céu
E vejo clarões aterrorizantes
Sinto a terra tremer meus pés
Pressinto o fim a cada instante
Ouço um choro constante
E vejo pessoas desalojadas
Procurando por onde se esconder
Dessa guerra que não acaba
Ouço outro estrondo alarmante
Que veio de uma cidade muito distante
Eu vi, o que já tinha sido visto antes
Ouvi a voz de um pequeno garoto
E o grito de um homem gordo
Eu vi as consequências trazidas
Que é vivenciada até hoje em dia.
O Apaixonado
Encante-me
Com amor
Que me alucina
Ao te ver
É um prazer
Estar com você
Viver para
Te satisfazer
Mostre-me
Seu amor
Que despareceu
Com o tempo
Só ouço
O silêncio
Que transformou
Em tormento
Vivenciado
Nesse momento
Que é pra mim
Um sofrimento
O Querer
Eu vejo quem me vê
Amo quem me ama
Escrevo para quem me lê
Ouço quem me chama
Desejo que me engana
Silêncio que me cala
Paixão que me enlouquece
Afeto que me falta
Versos que não têm coerência
Palavras que não se encaixam
Estrofes que não termina
Poesia que não acaba
Minhas Gerais
A minha a vida começou bem aqui,
E de uma cambada de gente também
Todos daqui tem aquele jeitin
O mineiro é esperto como ninguém.
Aqui é arroiado de serra
Essa beleza só pode ser vista aqui,
Facidéia de tanto furdunço antigamente,
Foi custoso chegar até aqui.
A mulherada fingi de égua comigo
Não sei cadiquê de serem tanto assim,
Elas tem um troço quando me abro para elas,
E casca fora para bem longe de mim.
Em Minas o trem é assim,
Qui nem causo mal contado
O mineiro murrinha com de fora
E ataiá para chegar mais rápido