lucio mariano de oliveira
Talvez não seja tarde
Vou tentar voltar pra casa
Me perdi a muito tempo
em plena madrugada
Ando sem fazer barulho
Nessa rua afastada
Procurando um canto escuro
Nessa noite estrelada
Mas joguei a chave fora
Pois queria ir embora
Sem ter data pra voltar
Me restou um ombro amigo
A quem me lamentar
Não importa que demore
Sei que um dia irei voltar
Para o lar que outra hora
Eu vivia a me alegrar
tudo parece igual
Quando olho ao meu redor
As horas não passam
Más já está tarde
E eu continuo sozinho
Sinto que estou caindo
Em minhas próprias sobras
Me falam de coisas...
Eu fico louco
Faça silêncio
Não fale não olhe mas escute
Não somos iguais
E isso nos aproxima
Pare e pense
Não ache e não julgue
Estamos todos errados
Mas podemos acertar
O tempo pouco a pouco se esgota
E a vida tão frágil e fugidia
Escorre pelas nossas mãos
Sinta o amor
o que ele pode dar
O amanhã já vem
Mas pode não chegar
Qualquer tempo é pouco
E se torna tarde demais
Se não acontecer
Faça o que é certo
Sem perdão sem culpa
Apenas deixe passar
Assim como qualquer folha que cai e murcha
Seu estado de alegria nunca será imutável
Mas mesmo assim se alegram,
Os homens que padecem,se alegram .
Mesmo sabendo que o motivo de sua dor
É amar, continuam amando
Os homens levados pelo vento
Incessante
Não sabem porque sorriem
Está tudo bem! É o que tidos dizem
E é tudo estranho
Mas não vejo coragem em ninguém
Por isso muitos não saem do lugar