Lúcio Kwayela
A beleza é subjetiva quanto aos seus critérios de avaliação, porém, torna-se imprescindível a sua análise objetiva.
Somos obras de vidas passadas, resumidas e vertidas em papel vergastado, porém, trazemos em nós um mundo diferente.
A vida é um ciclo de sensações visivelmente inexplicáveis que o tempo encarrega-se de às dar sentido.
O mundo moderno nasce da ascenção descabida da simplificação, e esta não concebe nos seus desígnios a essência da vida.
...o que trago no rosto tem a marca da castidade (a tua), o que guardo nas mãos aguardo com o coração também (os nossos), o que o dia oferece é conversa de ontem e o prazer de viver...
...sou do tempo do vento (incansável), do templo se convento, dos termos se convénio, faço fé sem vénia, acredito no tempo para os homens (todos)e não no tempo dos homens (todos)...
... a beleza a trazes em pequenas tiras de seda, finas e leves, puras à neve (...) a beleza é lisura na pele e no teu cheiro caseiro, sorriso que sente-se num beijo que se atreve, o meu vivendo o teu, e o nosso sumindo no caos dos nossos corações...
Meu interior é um poço sem fundo, imensidão sem fim para crer e querer. Eu posso no meu mundo, imenso vão que se perde por tudo, por ferir e partir...