Luciana Mira

Não deixe-se abater, menina!
Eu já disse que seguro a sua mão... Nunca a soltarei.
Passem os ventos e as tempestades e eu permanecerei aqui,
bem do seu lado.

Acredite. Acredite. Acredite.

O fim? Que fim? Não exite fim. Pois tudo o que tem que ser eterno é eterno , nada do que é pra sempre um dia acaba. É obvio, não?! E se por um acaso eu vier a ver um fim, posso ter certeza de que esse fim está bem fora de minha realidade, então eu o lanço fora. E prossigo e sempre passando por cima. As coisas boas sempre eternizam. E eu sei bem disso.

Pois a esperança nunca morre dentro de mim, nunca, nunca, nunca morre. E sonhar eu sei. E sei tão bem que consigo trazer à realidade tudo aquilo que há de melhor pra mim, pois eu acredito, persisto e nem sei o que é desistir. Eu sei ter fé e posso mover as montanhas.

Mais uma vez gotas de mel escorrem por dentro de mim. E tudo é doce, não só em mim, mas em tudo o que eu vejo. E eu eu te vejo. A todo o instante e sempre. Dentro de mim, dentro de mim, bem aqui... Doce como um beijo. O seu.

Falsidade, inveja, orgulhoso, mentira. Palavras que são tão baixas, tão feias que mal consigo pronunciar. Eu entendo e eu vejo o que elas causam, mas não entendo como pessoas conseguem aceitar ser dessa natureza tão baixa.

Baixaria, gritaria, "barraco". Credo! Um horror se expande dentro de mim ao ver isso e até me arranha o pensamento ao presenciar a tanta falta de amor-próprio.

Para quê isso, meu Deus, para quê?!

E é tão bom estar inspirada para escrever palavras que tocam. Agora estou aqui e sem palavras, sem versos, sem rimas e nem o som do meu violão para me fazer refletir sobre a vida. Hoje acordei tão cedo que pode ser que minhas palavras ainda estão em doce sono, doce sonho. Do que sai de mim agora, a maioria é bocejo. Vou esperar as cores da luz do dia me invadirem. Vou esperar-me acordar.

Ainda em sonho,

Hoje eu tô feliz! Feliz mesmo. Daquele jeito que me vem a vontade de ir para o meio da rua e gritar bem alto e depois dar muitas gargalhadas. Estou intensamente, imensamente feliz.

E vou lá desenhar sorrisos no céu e desenhar corações no arco-íris para deixá-lo mais colorido.

É tanto amor, que não cabe e se cabe explode.
É muito amor, é muito amor!

Que a delicadeza bata novamente nos corações dos que a não tem, e que desta vez bata bem forte e leve consigo o amor. E que abram-se as portas destes corações sem cor, para que entrem estes lindos tesouros. Que tudo fique mais belo, mais doce, mais simples e verdadeiro.