Lucas Shiomi
O medo é profundo,
O medo é profano
O medo que arde
É o que vem sem alarde…
O alvorecer não salva
Tira de nós um sol que não cura
(No mínimo, aquece)
E traz a lua, que pouco apetece
O medo cura?
O medo liberta?
Esquece…
O medo não é mau
Nem é bom
O medo é um som
Som pesado
O agudo dos órgãos
Em distorções ferventes
Queimam nossas mãos,
Nossos pés.
A tipóia está em chamas!
Nem os mais valentes
Agüentam tal revés.
O medo que nos pára
É o mesmo que nos move
E quando chove
O medo nos molha,
E nos envergonha
Quando alguém olha.
O medo é estranho
Desconhece-se sua terra natal
E seu rumo é incerto
Às vezes fecha o olho
Às vezes deixa aberto.
O medo é como um monstro
O medo é um monstro
O bicho-papão dos sete mares
Que afunda o meu navio.
Medo, leve meu navio embora
Leve minha tripulação
Leve todo o meu tesouro
Mas algo não me há de levar:
Minha insistência em navegar.
Minha maior meta é transformar a realidade em que vivo na realidade com a qual sonho em viver. Se peco, é na insegurança...
O medo das coisas nos faz parar de sonhar
E construir castelos de areia para o mar.
É uma questão de tempo até ele derrubar...
Estou aqui sozinho
O mundo me quer só
Vou fazer o caminho
Para viver melhor
Estou aqui sozinho
Sou um pedaço de você
Perdido no tempo
E no espaço
Olhe no espelho
Me diga quem tu vês
Prazer,
Este é o seu lado errado.
Quando eu te conheci, tudo transformou-se
Em realidades boas que eu nunca cogitei
Eu fui muito feliz, meu coração sorriu
E desejou que o tempo estacionasse por ali
Quando vi nascer o sol, lembrei de você
A tua luz matou o breu que estava em mim
Entre o céu e o inferno se encontra você
Minha salvação e ao mesmo tempo perdição
Há pessoas que vivem sorrindo, mas que por dentro são um poço de lamentações.
Há pessoas que nunca sorriem, mas que por dentro são um mar de felicidade.
A moeda tem duas faces, mas sobre a mesa apenas uma se revela.
A SORTE pode até abrir as primeiras portas. Mas as que se seguem depois só podem ser abertas com uma chave especial: o MERECIMENTO
Jogue ao mar meu coração ferido. O sal há de temperá-lo e os peixes hão de comê-lo, e o sofrimento se dispersará em onda