Lucas Ramos.
Sou a pessoa que eleva o volume e tapa os ouvidos!
Aquela que vê, mas não observa!
O retrato de ninguém.
O absoluto nada, o inexistente
Porém, existo ardentemente!
Mantenha-se real!
Não perca a coroa de pesares!
Seja nobre!
Conquiste!
Mas insisto em permanecer onde não há vida e tudo não existe!
Sou tudo e no fim nada me resta.
Humano e desumano.
Animal e consciência.
Fome e fartura.
Abundância de alma e escassez de espirito.
O próprio desejo e a indiferença.
A estética do imperfeito.
A gravidade que flutua.
A felicidade e a miséria.
A justiça que aprisiona o condenado!
Também sou o condenado!
A variedade da exclusividade.
O contexto belo do desamor no incompreensível.
A grandeza.
Imensidão.
O vazio!
A forja e o ferro moldado.
Vagueio dentre lágrima ao oceano.
O belo e o feio.
Um deserto na água.
A dor existente dentre a paz.
Sou vida, mas também sei morrer!
Eu não preciso estar aqui!
Não pertenço a este pedaço de carne.
Tenho repúdio a cada centímetro de minha pele!
A completa aversão a minha mente.
Incito a pertubação contra meu espirito
para ver o quão longe irei!
Não me reconhecendo.
Não suportando a densa estadia de estar onde sempre estou!
Em quanto tempo entrarei em colapso?
Em qual momento derrubarei meu império?
Isto é um desespero de não realizar a vida;
Pois todo desejo é vida, e toda vida é desejo!
E eu já não quero mais nada!
Andava de bicicleta
Sozinho estava morrendo
A lua estava me olhando
Chorando, se derretendo.
Abençoado com uma maldição
Vivendo sem razões
Os deuses já não aprovam
Meus pensamentos são sempre em vão!
A abadia está cheia
De anjos mentirosos
Cultivando seu deus.
Estou longe do perdão
O expurgo é visível
Nenhum deus é digno!
Esta noite eu chorei
Perdas inimagináveis me ocorreram
Foi-me arrancado todo o consciente
Amanhã será outro dia.
Dia no qual eu irei partir
Meu legado continuará?
Serei compreendido?
Depois de amanha será outro dia.
Estarei inconsciente
Inexistente
Transparente.
Grande ironia essa
Este já não é meu estado?
Onde fica meu final verdadeiro?
Merecer
Poucos os premiados
De que tanto vale a dor?
Se ninguém a vê.
Os olhares obscuros e sujos
Retornaram para mim.
Eu vos encaro firmemente
Com ira esplêndida.
Desprotegido na batalha
Uso de palavras como uma arma
Que estilhaça mentes barulhentas.
Esquecido, a procura de revanche
As palavras estão aguardando
O senhor existente no exército.
Eu Preciso sentir
Cuspa sua piedade sobre minha pele
Me faça sentir o gosto amargo
Antes que a alma se quebre.
Mostre o rosto
Mas não da verdade
Esta já a vejo
Quero conversar com teu íntimo.
Um animal selvagem surgiu
Cousas estranhas
Que nunca havia sentido.
Um poeta mudo
Um turista cego
Em um mundo gélido.
O cristão que nunca assumiu que pode estar errado nas suas verdades nunca será uma pessoa humilde e sem humildade não se pode ir para o céu.
Paradoxo do término do namoro:
Se hoje eu sorrio, é pq eu era triste ao lado dela, se hoje ela chora é pq era feliz ao meu lado. Pq eu me sentia triste ao lado de uma pessoa que estava feliz? A felicidade não contagia?
A necessidade de querer reconhecimento só mostra que criar um Deus que receba esses créditos é necessário para criar pessoas mais humildes.
Pode e não pode. Certo e errado. Bem e mal. Ético e antiético. Moral e imoral. Esse foi o caminho seguido após uma ordem.
Sobre as religiões
Tudo que o homem não consegue fazer, não podemos saber como veio a existir. Quem nos deu a vida foram nossos pais e quando morrermos vamos para de baixo da terra.
Sobre a arte, os artistas e a morte.
O homem está preso. A chave que o artista usa é o pincel, mas um pincel não é a chave que abre a porta. Então ele pinta. Ele pinta a realidade que só pode imaginar. Atrás da porta que ele não consegue abrir está a realidade. Ele está preso com varios quadros na parede, onde só imagina como é o lado de fora. Ele está preso e a arte é uma falsa realidade para suportar o castigo de não saber.